A prorrogação até 11 de abril da Fase Emergencial, – mais restritiva do Plano São Paulo, que busca conter disseminação do novo coronavírus (covid-19) – vai impactar as três divisões do Campeonato Paulista. O anúncio foi feito pelo governo estadual nesta sexta-feira (26) durante entrevista coletiva. A medida posterga também para o retorno dos eventos esportivos no estado, incluindo jogos de futebol profissional. A Federação Paulista de Futebol (FPF) ainda não se manifestou.
“Sobre eventos esportivos, continuamos seguindo a recomendação do Ministério Público [Estadual], de restrição na Fase Vermelha e na Fase Emergencial”, declarou o nefrologista José Medina Pestana, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e membro do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo.
Nesta sexta (26), São Paulo bateu um novo recorde desde o início da pademia do novo coronavírus (covid-19). Foram registrados 21.489 novos casos de infecção e 1.193 mortes causadas pela doença. O total de óbitos em território paulista passa de 70 mil. A taxa de ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) no estado é de 91,2%.
Inicialmente, a Fase Emergencial duraria até terça-feira (30). A FPF, que não conseguiu convencer o governo estadual e o Ministério Público a liberar os jogos, havia garantido na última segunda (22) que retomaria os torneios a partir de quarta (31). As Séries A2 (segunda divisão) e A3 (terceira), inclusive, já estão com partidas marcadas. No caso da Série A1 (primeira divisão), os duelos a partir da quinta rodada constam como “adiados” na tabela, mas a entidade tem dito que a competição será concluída na data prevista (23 de maio).
A federação tentou levar partidas da primeira divisão para outros locais e conseguiu realizar os jogos entre Mirassol e Corinthians, pela quinta rodada, e São Bento e Palmeiras, atrasado da terceira rodada, no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ), mas não teve o mesmo sucesso com Ponte Preta e Santos, também pela quinta rodada. A FPF e as equipes da A1 cogitaram acionar a Justiça para garantir o calendário em São Paulo, mas voltaram atrás.
(Agência Brasil)