O incêndio no CT Ninho do Urubu, que matou 10 adolescentes que faziam parte das categorias de base do Flamengo, completa cinco anos. Além dos aspirantes a atletas profissionais que vieram a falecer, outros jogadores saíram como sobreviventes e buscam a vida como jogador profissional.
Somente três dos 16 envolvidos seguem no clube, sendo o goleiro Dyogo, que está no sub-20, o volante Rayan Lucas, que já atuou no profissional nesta temporada, e Jhonata Ventura, que era zagueiro, mas por causa de queimaduras se aposentou e trabalha no scout.
Depoimento de Rosana Souza, mãe de Rykelmo, um dos dez jovens que morreu no incêndio no contêiner no Ninho do Urubu. Ela acende velas e faz bolo em todo aniversário do filho. A tragédia completa hoje 5 anos, sem apontamento de culpados. pic.twitter.com/d1KUbo0pS4
— Ricardo Magatti (@RMagatti) February 8, 2024
Sonho
Cauan Emanuel ainda é um exemplo de tentativa de firmação no futebol profissional, já que viu seu contrato com o Fortaleza ser encerrado no final de 2023, e atualmente está sem clube.
Segundo o jovem de 19 anos, desistir da carreira foi uma opção, mas sua família e o empresário não deixaram que isso acontecesse.
Enquanto isso, dois dos jovens estão disputando o Campeonato Paranaense, sendo eles Pablo Ruan e Samuel Costa, atuando por Azuriz e Londrina, respectivamente. Os atletas podem até se enfrentar no próximo dia 17 de fevereiro, quando ambos os times se encontram no Estádio do Café.
Apesar de tantos exemplos de jovens que seguiram a vida, a família de algumas vítimas ainda lutam por justiça. O processo que tem nove réus indiciados por homicídio culposo ainda não conta com nenhum punido criminalmente.
O próximo passo será ouvir testemunhas do incêndio, mas essa audiência ainda não tem data marcada.
*Reportagem publicada originalmente em SportBuzz.