O surfista brasileiro Márcio Freire morreu nesta quinta-feira (5), aos 47 anos, enquanto surfava na praia do Norte, em Nazaré, Portugal. Segundo as autoridades portuguesas, ele foi resgatado por um jet ski após cair de um onda e estava sofrendo uma parada cardiorrespiratória quando chegou à areia.
Após tentativas frustradas de reanimá-lo, a morte foi confirmada ainda na praia e o corpo foi transportado para o Instituto de Medicina Legal de Leiria. Os pais de Márcio estavam acompanhando o filho em Portugal desde o Natal e estavam em Nazaré no momento do acidente. Psicólogos da Polícia Marítima foram colocados à disposição da família.
O surfista Vinicius Santos, que acompanhava Márcio na praia portuguesa, relatou o desespero quando viu de longe a multidão se formar em volta do corpo do amigo. Ele foi correndo para saber qual era a ocorrência, descobrindo quando chegou ao local que se tratava da morte do experiente surfista.
“Eu estava indo surfar e, quando cheguei na praia, vi o movimento do carro de salva-vidas, de resgate. Vi uma movimentação que parecia uma ressuscitação. Larguei a prancha e saí correndo. Quando eu vi, era o nosso amigo. Todos tentaram trabalhar junto com ele. Não teve um momento de pausa, todo mundo fez o que pôde. O Márcio acabou nos deixando. Ele foi uma inspiração para a minha geração de surfista”, revelou.
Márcio Freire era uma das lendas antigas do surfe brasileiro, tendo diversos surfistas que se inspiraram na sua carreira para seguir o sonho de infância, assim como alguns dos amigos que o acompanhavam em Nazaré, que em grande parte, tinham Freire como um ídolo
O baiano morava no Havaí, onde fez história ao lado de outros dois brasileiros: Danilo Couto e Yuri Soledade. Lá eles eram tratados como “Mad Dogs”, pois encaravam a temida onda de Jaws, na ilha havaiana de Maui, sem coletes e sem jet skis, diferentemente dos outros surfistas. O trio desbravou muitas ondas gigantes em uma época na qual havia bem menos segurança e inspirou gerações.
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