Nasser Al-Khelaïfi deixou contente o emir do Qatar graças a Messi

O Paris Saint-Germain foi adquirido em 2011 por quem é hoje o emir do Catar, um dos monarcas mais ricos do mundo. Ele deu um objetivo a Nasser como presidente e CEO: ser o maior clube da Europa

Nasser Al-Khelaïfi deixou contente o emir do Qatar graças a Messi
Nasser Al-Khelaïfi, presidente e CEO do Paris Saint-Germain (Crédito: Sebastien Muylaert/Getty Images)

Nasser Al-Khelaïfi é dono de um álbum de fotos que é a inveja de qualquer fã de esportes internacional. Nessas páginas há fotos dele com David Beckham, Zlatan Ibrahimovic, Michael Jordan, Ángel Di María, Edison Cavani e Neymar, entre outras estrelas internacionais. E como se isso não bastasse, esta semana ele acrescentou o adesivo mais difícil de todos: Lionel Messi.

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É verdade que ser presidente e CEO do Paris Saint-Germain (PSG) ajuda a atingir esses objetivos. A instituição foi adquirida em 2011 por quem é hoje nada menos que o emir do Catar, um dos monarcas mais ricos do mundo. Portanto, o dinheiro não parece ser um problema. Em qualquer caso, a vida de Nasser Al-Khelaïfi, ou NAK para seus amigos, nem sempre foi de fortuna e sucesso. Para chegar ao cargo que ocupa hoje, ele teve que percorrer um longo caminho.

Nascido em Doha, no Catar, em 1973, é filho de um pescador de pérolas, profissão muito apreciada no Golfo Pérsico, mas que jamais permitiria a uma família o acesso a um palácio ou à presidência de um clube de futebol como o PSG. Muito jovem, Nasser começou a jogar tênis e descobriu que tinha habilidades para o esporte.

Por isso, passou grande parte de sua infância e adolescência treinando com o objetivo de ser o melhor de seu país. E ele conseguiu. Ao longo da carreira foi o primeiro catariano a entrar no ranking da ATP – a sua melhor colocação foi 995 – e até fez parte da seleção nacional pela Copa Davis. No entanto, seu maior mérito como tenista não foi nas competições internacionais.

O feito que mudaria a sua vida aconteceu durante a sua adolescência, quando um dia ele viu um menino mais jovem que ele batendo um backhand incorretamente. Nasser entrou na quadra e explicou para ele como melhorar o golpe.

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Desde então, eles se tornaram amigos e o filho do caçador de pérolas se tornou uma das pessoas mais importantes do Catar. E é que aquela criança que não conseguia bater bem o backhand era Al-Thani, herdeiro do título de emir.

A Ascensão de Nasser Al-Khelaïfi ao PSG

Enquanto competia, Nasser também estudou marketing. E, aos poucos, a família real do Catar deu a ele importantes cargos para administrar. Primeiro foi a Federação de Tênis do seu país, depois a da Ásia e em 2011 a Qatar Sports Investments, empresa que comanda os investimentos do Emir e que hoje aparece como dona do PSG.

Deram ao ex-tenista um objetivo: ser o maior clube da Europa. E para isso era preciso vencer a Champions League. Nasser começou a trabalhar rapidamente e começou a comprar jogadores para fazer isso. Estima-se que durante sua gestão ele já gastou mais de um bilhão de dólares em incorporações, embora ainda não tenha podido conquistar o título mais importante.

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Finalmente vai conseguir isso com Messi? Ninguém pode garantir. O futebol é caprichoso e não promete nada a times cheios de estrelas, mas como costuma ser dito no Catar: “O Emir pede e Nasser executa”.

*Por Agustín Jamele.

*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Perfil Brasil.

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*Texto publicado originalmente no site Perfil Argentina.

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