PROJEÇÃO

O que esperar dos Jogos Olímpicos em Los Angeles?

A competição será realizada em 2028 e já foram prometidos US$ 6,8 bilhões de investimento parra estruturas

A competição será realizada em 2028 e já foram prometidos US$ 6,8 bilhões de investimento parra estruturas.
Há expectativa para adição de novas modalidades – Créditos: Reprodução/ X

No último domingo (11), se encerrou a Olimpíada de Paris 2024, deixando um gostinho de quero mais aos espectadores. Os próximos Jogos, que trarão um espírito similar, acontecem em 2028, nos Estados Unidos, em Los Angeles. E os preparativos já começaram.

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Muitas das estruturas que receberam a edição dos Jogos Olímpicos de 1984 estarão de volta em Los Angeles 2028, ainda que com funções diferentes. O Centro de Convenções, que previamente serviu como uma instalação para a imprensa, agora será uma arena esportiva para esgrima, judô, tênis de mesa, taekwondo e luta greco-romana. Já o SoFi Stadium, conhecido por ser palco de jogos de futebol americano, será transformado na casa das competições de natação.

O esporte do maior campeão olímpico da história, Michael Phelps, será protagonista novamente, dessa vez na segunda semana de competições. Uma das grandes novidades dos Jogos de Los Angeles 2028 é a inversão no programa olímpico: o atletismo, que costuma fechar a programação na segunda semana do evento, foi antecipado para os primeiros dias.

A organização dos Jogos já anunciou um investimento de 160 milhões de dólares em projetos para aumentar o acesso de crianças e adolescentes a atividades esportivas.

O orçamento total dos Jogos é de US$ 6,8 bilhões (cerca de R$ 37,5 bilhões), financiado pela iniciativa privada. Esse valor é significativamente menor do que os gastos das últimas edições das Olimpíadas, como Paris 2024 e Tóquio 2020. Para o presidente do COI, Thomas Bach, é essencial que Los Angeles 2028 construa sua própria identidade, sem tentar imitar cidades das últimas edições.

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Preparação do Brasil para Los Angeles 2028

Ainda é cedo para qualquer projeção concreta sobre os atletas brasileiros e a chance de medalhas. No entanto, após dois ciclos olímpicos afetados pela Covid-19, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) celebra um retorno à normalidade. Em Tóquio 2020, a preparação foi afetada por cinco anos de incertezas, enquanto para Paris 2024 os atletas tiveram apenas três anos de ciclo.

Segundo Ney Wilson, diretor de Alto Rendimento do COB, é esperado que alguns atletas, especialmente os medalhistas, tirem um ano sabático devido ao curto período de preparação para Paris. O foco está agora na estrutura e logística para Los Angeles, com a primeira viagem programada para novembro, onde serão fechados os contratos das instalações dos atletas.

Quais são as novidades para 2028?

Los Angeles 2028 marcará a estreia ou reestreia de seis esportes no programa olímpico, três deles de taco e bola.

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  • Críquete, popular principalmente na Índia, o país mais populoso do mundo.
  • Beisebol e softbol, esportes tradicionalmente americanos que entram e saem do programa ao longo das edições.
  • Squash, que há anos tenta ser incluído no programa olímpico.
  • Lacrosse, esporte criado pelos nativos norte-americanos.
  • Flag football, variante menos física do futebol americano e amplamente praticada nos Estados Unidos.

Além disso, modalidades que estrearam recentemente e fizeram sucesso, como surfe, escalada e skate, tornaram-se permanentes.

O boxe enfrenta um sério risco de ser excluído da competição. A decisão está marcada para ser tomada no próximo ano e a causa principal é uma disputa entre o Comitê Olímpico Internacional (COI) e a Associação Internacional de Boxe (IBA). O COI exige mudanças na estrutura da modalidade e suas finanças e tomou o controle da associação na tentativa de impulsionar o esporte.

Mas não é apenas o boxe que está ameaçado. O levantamento de peso quase foi excluído e apenas foi reincluído após uma reforma no sistema antidoping. O hipismo também enfrentou pressão para ser deixado de lado, mas conseguiu manter sua vaga. No entanto, haverá mudanças no pentatlo moderno, com a prova equestre substituída por um percurso de obstáculos sem cavalos.

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