NEONAZISMO

Quem são os Yomus, grupo de ultrafascistas que começou os atos racistas contra Vini Jr

Parte da torcida do Valência é considerada de ideologia nacionalista franquista

Quem são os Yomus, grupo de ultrafascistas que começou os atos racistas contra Vini Jr
Torcedores do Yomus com bandeiras de símbolos nazistas (Crédito Foto: Reprodução)

Eles formam um grupo torcedores ultrafascistas, autodenominados Ultra Yomus, e sempre ficam atrás do gol defendido por Mamardashvili, do Valência. Durante o segundo tempo, eles foram os responsáveis por iniciarem os atos racistas contra o atacante Vinicius Junior, neste domingo (21), no estádio Mestalla. A torcida organizada é considerada ideologicamente fascista e de ideologia nacionalista espanhola.

Publicidade

O grupo de torcedores chamado Yomus nasceu em 1983 num contexto político muito marcado pela agitação no meio político: o Partido Socialista Operário da Espanha havia vencidos as eleições gerais no ano anterior.

Porém, apenas nove anos mais tarde que a torcida começou a chamar a atenção. Em 1992, o técnico do Valência, o holandês Guus Hiddink, paralisou o início de uma partida contra o Albacete para que os serviços do clube retirassem uma bandeira nazista das arquibancadas do Mestalla. Foi a primeira e única vez na história que um treinador do time valenciano questionou a exibição de faixas antidemocráticas no estádio.

O ato do treinador fez com que as bandeiras identificadas com a extrema-direita tomassem conta do estádio Mestalla. Diversos jovens com pensamentos neonazistas entraram nos Yomus e ficou cada vez mais comum ver nos jogos bandeiras alusivas ao nazismo, aoo orgulho celta e ao franquismo.

Os membros do Yomus nunca esconderam suas afinidades neonazistas em tatuagens, cantos e armas com a saudação romana. O grupo também tem um longo histórico de cantos racistas, pró-nazismo e antissemitas nos estádios. Eles também têm um histórico de violência, com brigas, esfaqueamentos e sua influência no estádio durou por quase três décadas.

Publicidade

O grupo de torcedores ultrafascistas se desorganizou nos últimos anos, principalmente em razão da recente compra do clube pelo bilionário cingapuriano Peter Lim, que baniu boa parte dos Yomus do Mestalla em 2021. O prefeito de Valência, Joan Ribó, também pediu ao clube que não aceitasse tais grupos no estádio; o clube acatou o pedido.

No entanto, estes torcedores foram voltando a ganhar forças e os Yomus avisaram que haveria uma disputa para que eles voltassem ao setor localizado atrás do gol.

Em janeiro deste ano, quando o Valência enfrentava forte crise dentro dos gramados e próximo da zona de rebaixamento, o grupo reapareceu no cenário social da equipe. O líder dos novos Yomus, Ramón Castro, um conhecido fascista valenciano, com ficha criminal e uma cruz celta tatuada na mão direita, apareceu conversando com o então técnico Gattuso para manifestar apoio.

Publicidade

Publicidade

 

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.