Sem tempo para respirar! Veja a maratona dos times que menos param no Brasileirão

O lado obscuro do futebol brasileiro: calendário rigoroso, falta de descanso e impactos na saúde dos jogadores. Descubra os bastidores da luta por tempo e desempenho.

Sem tempo para respirar! Veja a maratona dos times que menos param no Brasileirão
Sem tempo para respirar! Veja a maratona dos times que menos param no Brasileirão. – Crédito: Gilvan de Souza/CRF

Na temporada de 2024, o cenário do futebol brasileiro expõe uma realidade desafiadora, especialmente para equipes como Fortaleza e Cuiabá. Esses times se destacam não apenas por suas habilidades em campo, mas também pela intensa sequência de jogos enfrentada ao longo do ano. A agenda compactada tem revisitado discussões importantes sobre saúde e desempenho dos atletas.

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Falando especificamente sobre o Fortaleza, esta equipe lidera o ranking de menor tempo de descanso entre os jogos. No total, o time entrou em campo impressionante 45 vezes apenas este ano, disputando torneios como o Cearense e a Copa do Brasil. De janeiro até agora, a média de descanso entre os compromissos é de aproximadamente 5.530 minutos.

Qual o reflexo de um calendário apertado para times?

Por outro lado, Cuiabá também enfrenta desafios semelhantes, com uma média de descanso ainda menor desde o início do Brasileirão — cerca de 5.444 minutos. Isso significa que os atletas têm aproximadamente 91 horas de intervalo entre as partidas, um número que desafia qualquer protocolo de recuperação física e mental.

Impactos físicos do calendário apertado nos jogadores

As consequências dessa rotina extenuante são visíveis. Recentemente, o Flamengo, que também possui uma agenda lotada, viu um de seus principais jogadores, Bruno Henrique, sofrer uma lesão grave. O técnico Tite expressou abertamente sua preocupação com a falta de descanso adequado, criticando o arranjo atual do calendário.

Posicionamento do Sindicato dos Atletas e a busca por soluções

Diante das críticas, o Sindicato dos Atletas foi rápido em responder, destacando que o intervalo de 66 horas entre as partidas foi uma medida emergencial aceita em 2017 para ajustar o calendário, mas que a busca por condições ideais ainda é uma prioridade. Jorge Borçato, presidente da Fenapaf, reiterou o compromisso em negociar um tempo de descanso mais adequado, visando a integridade física dos jogadores.

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  • Fortaleza: Menor tempo de descanso – 66 horas
  • Cuiabá: Descansa a cada 91 horas desde o início do Brasileirão
  • Bahia e Botafogo: Menor tempo de descanso idêntico em algumas rodadas – 66 horas

Em contraposição, clubes com maiores intervalos entre os jogos conseguem oferecer melhores condições para a recuperação de seus atletas, refletindo diretamente em um desempenho mais consistente em campo. O contraste entre as estratégias de calendário dos clubes brasileiros abre um debate necessário sobre como equilibrar competitividade e saúde no esporte.

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