drama real

Veja a verdadeira história por trás de ‘Nyad’, filme da Netflix

Dirigido por Elizabeth Chai Vasarhelyi e Jimmy Chin, o filme conta a história de uma nadadora de longas distâncias que realizou o feito de nadar de Havana, em Cuba, até a cidade de Key West

Foi em sua quinta tentativa, em 2 de setembro de 2013, que, finalmente, Nyad conseguiu completar a natação que tanto sonhava
Filme foi dirigido por Elizabeth Chai Vasarhelyi e Jimmy Chin – Crédito: Reprodução / Netflix

No ano passado, chegou à Netflix um novo filme de drama inspirado em uma emocionante história real: ‘Nyad’. Dirigido por Elizabeth Chai Vasarhelyi e Jimmy Chin, e estrelado por Annette Bening, o filme conta a história de Diana Nyad, uma nadadora de longas distâncias que, em 2013, realizou o impressionante feito de nadar de Havana, em Cuba, até a cidade de Key West, Flórida, nos Estados Unidos.

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“Aos 64 anos de idade, a atleta Nyad decide ser a primeira pessoa a nadar de Cuba até a Flórida, nos Estados Unidos. Ela é auxiliada por sua melhor amiga e uma equipe de apoiadores para completar uma viagem de mais de 160km”, explica a sinopse do longa.

De fato, Diana Nyad é uma pessoa extremamente inspiradora e não surpreende que tenha se tornado filme. Confira a seguir a verdadeira história da nadadora americana, e como foi sua travessia a nado de Cuba aos Estados Unidos:

O início da lenda

Nascida em nascida em 22 de agosto de 1949 na cidade de Nova York, Diana Nyad mudou-se para Fort Lauderdale, na Flórida, logo após ter sido adotada pelo segundo marido de sua mãe.

Foi lá que sua carreira na natação iniciou-se, quando ela, ainda adolescente, treinou com o ex-atleta olímpico Jack Nelson, que fez dela campeã estadual da Flórida em provas de nado costas, explicou Nyad em 2014 ao The New Yorker.

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Ao longo da década de 1970, sua carreira conquistou atenção internacional. Em 1975, nadou ao redor da ilha de Manhattan, em sua segunda tentativa, em apenas 7 horas e 57 minutos — o que foi a superação de um recorde, na época. Além disso, ela também estabeleceu recorde mundial feminino para uma rota de 35 quilômetros de Capri a Nápoles, na Itália.

Em 1979, nadou por 160 quilômetros desde a ilha de Bimini, nas Bahamas, até a Flórida, em pouco mais de 27 horas (outro recorde mundial). Essa façanha, por sua vez, foi finalizada no dia de seu aniversário de 30 anos, quando ela declarou que aquela seria sua última natação competitiva.

Antes de anunciar a parada, entretanto, havia tentado, em 1978, atravessar a nado o mar entre Havana, em Cuba, e Key West, na Flórida, numa gaiola que a protegeria de possíveis tubarões e outras criaturas marinhas. Após 122 quilômetros de natação, porém, desviou do curso em direção ao Golfo do México, não conseguindo concluir o trajeto.

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A travessia

De acordo com a People, Nyad não foi a primeira pessoa a tentar a travessia de Cuba aos Estados Unidos a nado. Antes dela, houve o nadador Walter Poenisch — detentor do recorde de maior natação no oceano na época, no Estreito da Flórida — que, em julho de 1978, somente dois dias antes da primeira tentativa de Nyad, completou o percurso, na época aos 65 anos.

Mas, Poenisch não solicitou o reconhecimento da aventura, e muitas pessoas tiveram dúvidas se a proeza foi realmente feita, incluindo Nyad, que afirmava que ele era “um trapaceiro”.

Porém, 30 anos após anunciar que pararia de nadar competitivamente, Diana Nyad voltou a treinar, aos 60 anos, para completar o trajeto que não conseguiu no passado. Auxiliada por uma equipe de médicos, cientistas e navegadores do Golfo do México, ela tentou a travessia novamente duas vezes em 2011, e mais uma em 2012 — todas falharam.

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Foi em sua quinta tentativa, em 2 de setembro de 2013, que, finalmente, Nyad conseguiu completar a natação que tanto sonhava, após 52 horas e 54 minutos. Na ocasião, ainda por cima, ficou conhecida por ser a primeira pessoa a fazer o percurso sem usar gaiola de proteção — graças às novas tecnologias, pois, contava com um dispositivo eletrônico repelente de tubarões, máscara, luvas, botas e um macacão para se proteger de águas-vivas, por exemplo.

Nos anos que se seguiram, Diana Nyad ficou amplamente conhecida por seu feito histórico, dando palestras e participando de diversos talk shows. Em setembro deste ano, 2023, comemorou os 10 anos de sua ousada travessia, e publicou em seu site:

“Meu legado não é tanto uma marca nos livros dos recordes. O que espero que tenha se espalhado para uma grande população é a esperança. Espero acreditar que eles podem alcançar qualquer outra margem que perseguirem.”

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*Matéria publicada originalmente em Aventuras na História

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