A adesão da Palestina ao Conselho de Segurança das Nações Unidas deve ser votada às 15h desta sexta-feira (19), segundo o horário de Nova York. No entanto, os aliados de Israel, como os Estados Unidos, devem rejeitar esse movimento, uma vez que ele reconheceria a existência de um Estado Palestino.
Vale ressaltar que, para a aprovação de uma resolução, é necessário pelo menos nove votos favoráveis e nenhum veto dos EUA, Grã-Bretanha, França, Rússia ou China. Diplomatas afirmam que a proposta poderia contar com o apoio de até 13 membros do Conselho, o que obrigaria os EUA a usar seu poder de veto.
Além disso, a Argélia, um dos membros do Conselho, que propôs a resolução, solicitou uma votação para quinta-feira (18) para coincidir com uma reunião sobre o Oriente Médio, na qual vários ministros participarão. Em contrapartida, os Estados Unidos argumentaram que a criação de um Estado Palestino independente deve ocorrer por meio de negociações diretas entre as partes envolvidas, e não através das Nações Unidas.
“Não vemos que fazer uma resolução no Conselho de Segurança nos leve necessariamente a um lugar onde possamos encontrar uma solução de dois Estados em andamento”, declarou a embaixadora dos EUA, Linda Thomas-Greenfield, nesta quarta-feira (17).
Atualmente, os palestinos possuem o status de Estado observador não membro. Os 193 membros da Assembleia Geral da ONU fizeram esse reconhecimento em 2012. Contudo, para se tornarem membros plenos, é necessário que o Conselho de Segurança aprove e que, em seguida, pelo menos dois terços dos membros da Assembleia Geral ratifiquem esse pedido.