

A Argentina começou o ano de 2024 com um novo recorde: a maior inflação mensal do mundo. No primeiro mês completo da gestão de Javier Milei, a inflação aumentou 20,6% em janeiro e representa um aumento de 254,2% ao ano. A medição mensal mostrou uma desaceleração de quase cinco pontos percentuais em relação aos 25,5% reportados em dezembro de 2023.
É o que diz o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (INDEC) nesta tarde. Embora a taxa represente uma desaceleração na comparação mensal, ainda é um percentual que contrasta com o resto do mundo. Um dado, portanto, que Milei dificilmente vai esquecer. Assim como os argentinos.
A Argentina já havia, portanto, encerrado 2023 com a inflação mais alta do mundo: a 211,4%, seguida pela Venezuela (193%), Líbano (192,26%) e Turquia (64,8%). Em janeiro, nossos hermanos continuam a liderar esse ranking.
Inflação de janeiro: veja os itens que mais cresceram
Segundo o INDEC, o setor que teve maior aumento no mês foi o de Bens e Serviços Diversos (44,4%), resultado dos reajustes de preços nos itens de Cuidados Pessoais. Em seguida, vieram: Transportes (26,3%) – devido às atualizações no transporte público e à questão do aumento dos combustíveis – e Comunicação (25,1%), devido, no entanto, ao aumento dos serviços de telefonia e internet.
A reação do Governo
O Ministério da Economia destacou que os dados da inflação de janeiro “confirmam a trajetória de desaceleração do valor nominal que se observa desde meados de dezembro, a uma velocidade superior à esperada pelo mercado”.
Na perspectiva da pasta liderada por Luís Caputo, os números do mês anterior “ainda implicam um elevado arrasto estatístico em relação a Dezembro, derivado do excesso monetário herdado e da honestidade dos preços relativos na primeira semana da atual administração”.