O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou em Paris um novo pacote de ajuda militar de US$ 225 milhões (R$ 1,18 bilhão) à Ucrânia durante um encontro com o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, nesta sexta-feira (7).
O apoio chega em um momento crucial, com a Ucrânia enfrentando dificuldades de reposição de munições e equipamentos bélicos no front do conflito no Leste Europeu.
Biden expressou desculpas pela demora americana em aprovar os últimos envios à Kiev, citando obstáculos no Congresso dos EUA.
“Peço desculpas pelas semanas sem saber o que iria ser aprovado, em termos de financiamento, porque tivemos problemas para conseguir o projeto de lei que tínhamos que aprovar, que continha dinheiro. Alguns de nossos membros muito conservadores estavam impedindo isso“, destacou.
Ele também elogiou o esforço de guerra ucraniano, descrevendo-o como um “baluarte contra a agressão“. O presidente norte-americano reiterou o compromisso dos EUA com a Ucrânia e a resistência à agressão russa, destacando que “ainda estamos dentro, completamente“.
I sat down with President Zelenskyy to announce a new package of security assistance, which includes air defense interceptors, artillery ammunition, and more critical capabilities.
Our support for Ukraine is unwavering and I look forward to continuing our discussion at the G7. pic.twitter.com/di4UtXStcd
— President Biden (@POTUS) June 7, 2024
“Putin não é um homem decente“, afirma Biden
Biden fez críticas abertas ao líder russo Vladimir Putin em entrevista à rede americana ABC News. Ele já havia mencionado anteriormente que a Rússia era uma “autocracia“.
“Conheço [Putin] há 40 anos. Ele me preocupa há 40 anos. Ele não é um homem decente, ele é um ditador e está lutando para manter seu país unido e ao mesmo tempo manter esse ataque [à Ucrânia] em andamento“, afirmou.
Nas últimas semanas, as tensões entre a Otan e a Rússia têm se intensificado devido à autorização do uso de armamentos fornecidos à Ucrânia contra território russo por parte de autoridades ocidentais.
Durante uma coletiva de imprensa na quarta-feira (5), Putin rotulou essa ação como perigosa e emitiu uma ameaça de enviar armas de longo alcance para países considerados inimigos do Ocidente.