FIRME E ENÉRGICO

Brasil mantém posição de não reconhecer suposta vitória de Maduro sem atas eleitorais

O Palácio do Planalto articula com a Colômbia em fechar uma posição conjunta e divulgação de notas coordenadas exigindo, mais uma vez, a apresentação pública de todas as atas com os dados de votação das urnas eletrônicas venezuelanas

Brasil mantém posição de não reconhecer suposta vitória de Maduro sem atas eleitorais
Nicolás Maduro foi reeleito na Venezuela; oposição e muitos países contestam o resultado – Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governo do Brasil manterá sua posição de não reconhecer a suposta vitória de Nicolás Maduro nas confusas eleições presidenciais na Venezuela de julho passado se as atas eleitorais não se tornarem públicas.

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O posicionamento foi confirmado à CNN por fontes do governo que acompanham de perto a situação no país vizinho. De acordo com as informações apuradas, nas condições atuais, não há como se fazer o reconhecimento do resultado das eleições.

Maduro e Venezuela: assuntos entre Lula e Petro

Fontes confirmaram uma informação trazida anteriormente pelo analista da CNN, Caio Junqueira, de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai, de fato, conversar sobre a crise venezuelana com o seu colega colombiano, Gustavo Petro.

Ainda não está definido, no entanto, se os presidentes vão conversar nesta sexta-feira ou no fim de semana, por causa da agenda dos dois.

A ideia é que Brasil e Colômbia fechem uma posição conjunta e divulguem notas coordenadas exigindo, mais uma vez, a apresentação pública de todas as atas com os dados de votação das urnas eletrônicas venezuelanas. Esta é uma condição sine qua non para os dois países definirem uma posição oficial sobre o resultado do pleito.

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STJ

O novo capítulo do dramalhão diplomático venezuelano se iniciou na quinta-feira (23), quando o Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela ratificou a suposta vitória de Maduro no pleito do dia 28 de julho, mesmo com diversas evidências de fraude no processo eleitoral.

O tribunal determinou que as atas eleitorais tanto do Conselho Nacional Eleitoral (o órgão que coordena as eleições no país) como as obtidas pela oposição, que questiona a vitória de Maduro, sejam mantidas em sigilo.

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