O governo do Brasil manterá sua posição de não reconhecer a suposta vitória de Nicolás Maduro nas confusas eleições presidenciais na Venezuela de julho passado se as atas eleitorais não se tornarem públicas.
O posicionamento foi confirmado à CNN por fontes do governo que acompanham de perto a situação no país vizinho. De acordo com as informações apuradas, nas condições atuais, não há como se fazer o reconhecimento do resultado das eleições.
Maduro e Venezuela: assuntos entre Lula e Petro
Fontes confirmaram uma informação trazida anteriormente pelo analista da CNN, Caio Junqueira, de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai, de fato, conversar sobre a crise venezuelana com o seu colega colombiano, Gustavo Petro.
Ainda não está definido, no entanto, se os presidentes vão conversar nesta sexta-feira ou no fim de semana, por causa da agenda dos dois.
A ideia é que Brasil e Colômbia fechem uma posição conjunta e divulguem notas coordenadas exigindo, mais uma vez, a apresentação pública de todas as atas com os dados de votação das urnas eletrônicas venezuelanas. Esta é uma condição sine qua non para os dois países definirem uma posição oficial sobre o resultado do pleito.
STJ
O novo capítulo do dramalhão diplomático venezuelano se iniciou na quinta-feira (23), quando o Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela ratificou a suposta vitória de Maduro no pleito do dia 28 de julho, mesmo com diversas evidências de fraude no processo eleitoral.
O tribunal determinou que as atas eleitorais tanto do Conselho Nacional Eleitoral (o órgão que coordena as eleições no país) como as obtidas pela oposição, que questiona a vitória de Maduro, sejam mantidas em sigilo.
En nombre de los venezolanos, enviamos esta carta de agradecimiento a Su Majestad, el Rey Don Felipe VI, por su compromiso con la democracia y con la libertad de toda Iberoamérica.@CasaReal 🇪🇸🤝🇻🇪 pic.twitter.com/Vr0rQ1CyGT
— María Corina Machado (@MariaCorinaYA) August 21, 2024