O chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andriy Yermak, conversou com o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Celso Amorim, sobre a importância da participação do Brasil em uma cúpula pela paz, que seria promovida pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e poderia ocorrer em julho. A conversa telefônica aconteceu entre Yermak e Amorim nessa terça-feira (13).
Em publicação no Twitter, o chefe de gabinete de Zelensky escreveu que a destruição da represa de Nova Kakhovka “prova a extrema relevância da fórmula da paz ucraniana”. A Ucrânia acusa a Rússia de explodir a barragem. Ela fornece água para a península ucraniana da Crimeia e para resfriar a Usina Nuclear de Zaporizhzhia.
On behalf of President @Zelenskyyua, I had a call with the Special Advisory Service of the 🇧🇷 Presidential Administration chief adviser Celso Amorim.
Russia’s destructing the Kakhovska HPP has proven the extreme relevance of the 🇺🇦 peace formula. pic.twitter.com/LTy3R6Onwf
— Andriy Yermak (@AndriyYermak) June 14, 2023
Segundo informações divulgadas pelo jornal Folha de São Paulo, de acordo com o governo brasileiro, o telefonema de Yermak a Amorim foi “muito positivo” e ajuda a distensionar a relação entre Brasil e Ucrânia.
By destroying the Kakhovska HPP, RF has committed an act of terror against the 🇺🇦 civilians. But RF is truly afraid of exclusion from the FATF. So that’s the thing necessary to do, and @sanctionsgroup did propose taking the step as early as last year. @FATFnews, #RussiaBlacklist.
— Andriy Yermak (@AndriyYermak) June 14, 2023
“Falei sobre a preparação para a Cúpula Global pela Paz, na qual a Ucrânia busca envolver a comunidade mundial para implementar a fórmula da paz do presidente Volodymyr Zelenski. A experiência do Brasil em proteção ambiental é extremamente valiosa para nós”, escreveu.
Entre abril e maio deste ano, Celso Amorim também esteve em Moscou, capital russa, e em Kiev, capital da Ucrânia, em diálogo com os presidentes dos dois países para conhecer suas exigências para um acordo de paz. Desde o início do mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifesta a intenção de reunir um grupo de países neutros para negociar o fim do conflito.
O presidente brasileiro mantém sua posição sobre a guerra na Ucrânia, condenando a invasão territorial do país pela Rússia.
Cúpula pela paz
Ainda não há data para a realização da cúpula, a ser promovida por Volodymyr Zelensky. Há vários meses, a Ucrânia propõe esse encontro, mas até agora não se concretizou porque não incluirá a Rússia e visa atrair outros países além dos aliados.