Incêndios florestais no Chile já mataram 123 pessoas e deixaram centenas de desaparecidos, segundo o Serviço Médico Legal. Para o presidente Gabriel Boric, o país enfrenta uma “tragédia de grande magnitude”.
Os incêndios ganharam força a partir de sexta-feira (2). Nas cidades mais afetadas, como Viña del Mar e Quilpué (situadas aproximadamente a 120 km da capital Santiago) bairros inteiros foram reduzidos a cinzas.
As autoridades chilenas introduziram um toque de recolher às 21h nas áreas mais atingidas e enviaram militares para ajudar os bombeiros a conter a propagação dos incêndios. Além disso, helicópteros têm despejado água para tentar apagar as chamas do ar.
“É o Chile como um todo que sofre e lamenta os nossos mortos. Estamos enfrentando uma tragédia de grande magnitude”, disse Boric num discurso televisionado à nação.
AHORA: Declaración a la prensa del Presidente Gabriel Boric desde Viña del Mar https://t.co/hChPxC3gl8
— Presidencia de Chile (@Presidencia_cl) February 6, 2024
O vice-ministro do Interior, Manuel Monsalve, disse no domingo (4) que 165 incêndios assolavam o Chile. Nesse sentido, Monsalve estima que somente nas áreas de Vina del Mar e Quilpué, cerca de 14 mil casas foram danificadas.
Incêndios são o pior desastre nacional desde o terremoto de 2010
Os incêndios florestais recentes representam o pior desastre nacional do país desde o terremoto de 2010, que resultou na morte de cerca de 500 pessoas.
Desse modo, para conter os danos, Boric tem procurado canalizar fundos para as áreas mais atingidas. “Estamos juntos, todos nós, lutando contra a emergência. A prioridade é salvar vidas”, afirmou o presidente chileno.
Focos acesos intencionalmente?
As autoridades chilenas garantiram que existem provas de que alguns dos focos foram acesos intencionalmente.
Assim, Boric solicitou uma investigação sobre “todas as informações” relacionadas à origem dos incêndios.
“É difícil pensar que possa haver pessoas tão miseráveis e sem coração, capazes de causar tanta morte e dor“, disse o presidente.
“Porém, se essas pessoas existem, vamos procurá-las, vamos encontrá-las e terão de enfrentar não só o repúdio de toda a sociedade, mas também todo o peso da lei“, complementou.
*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini