Apesar da China apresentar temperaturas extremas, como as registradas nesta quinta-feira (-21º), não há quantidade suficiente de neve para compor as pistas de esqui das Olimpíadas de Beijing.
Com isso, 100 geradores e 300 canhões com tecnologia europeia transformam água em flocos de neve e se encarregam da missão. No entanto, o que impressiona é a quantidade de água utilizada neste processo: 222 milhões de litros, o suficiente para encher 85 piscinas olímpicas.
A alternativa vem causando bastante polêmica, já que vai contra o discurso chinês de produzir uma edição sustentável de Jogos Olímpicos. Apesar do reaproveitamento de cinco estádios construídos para as Olimpíadas de Verão de Pequim 2008 e da redução de carbono, economizar água não foi uma das prioridades dos jogos.
Vale ressaltar que Pequim sofre com racionamento de água. A capital chinesa tem apenas 185 metros cúbicos de água per capita por ano para 21 milhões de habitantes, menos de um quinto do que é necessário de acordo com os parâmetros da ONU.
A atleta de esqui estilo livre, Sabrina Cass, comentou sobre a condição das pistas de neve artificial em entrevista ao Globo Esporte. ”Não é tão ruim não. Tipo, tá meio duro, mas eu nasci esquiando em Vermont (estado no nordeste dos Estados Unidos) lá tem muitas pedras de gelo o tempo todo então eu estou meio acostumada com os percursos já assim”, disse Sabrina.