Na manhã desta sexta-feira (19), tanto a China quanto a Rússia se pronunciaram sobre o ataque de Israel ao território iraniano.
A China expressou sua oposição a qualquer aumento nas tensões no Oriente Médio. Em uma coletiva de imprensa em Pequim, Lin Jian, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, disse que o país “opõe-se a qualquer comportamento que possa agravar ainda mais as tensões“.
Já a Rússia, que mantém uma parceria estratégica com o Irã, também apelou à contenção após o ataque israelense. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, afirmou em uma ligação com jornalistas que a Rússia está “estudando” os detalhes do ataque e que seria “prematuro” fazer comentários até que a natureza do ocorrido seja esclarecida.
Ele acrescentou que “em qualquer caso, não importa o que aconteça, continuamos a defender a contenção das partes e a recusa de ações que possam provocar uma nova escalada de tensão numa região tão difícil”.
A Rússia tem utilizado armamentos iranianos, como drones Shahed, durante a invasão em curso da Ucrânia. Moscou tem historicamente adquirido drones e mísseis balísticos do Irã, ao mesmo tempo em que mantém laços comerciais e de investimento com Teerã.
Ataque ao Irã
Um oficial dos Estados Unidos confirmou à CNN que Israel lançou um ataque direto contra o Irã na sexta-feira (19). A fonte informou que o alvo não era uma instalação nuclear.
A televisão estatal iraniana também confirmou que as instalações nucleares não foram atingidas. Segundo a agência iraniana Fars, um radar do Exército pode ter sido um dos alvos do ataque, e houve relatos de janelas quebradas em vários edifícios de escritórios na área.
As autoridades iranianas ativaram os sistemas de defesa aérea na província de Isfahan e relataram que três drones foram abatidos, de acordo com a agência estatal iraniana. Uma autoridade iraniana disse à Reuters que não houve ataques com mísseis e que as explosões ouvidas foram resultado da ativação da defesa aérea.