O Congresso dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei que, além de enviar ajuda financeira para Ucrânia, Israel e Taiwan, pode resultar no banimento do TikTok no país.
O aplicativo só não será banido se a ByteDance, sua empresa controladora, encontrar um comprador norte-americano confiável. O presidente Joe Biden mostrou apoio à lei, e se sancionada, a ByteDance terá 270 dias para vender as operações do TikTok nos EUA, sem relação com a China.
Caso a ByteDance se recusar a cumprir a decisão americana ou se ela não encontrar um comprador, as big techs Apple e Google terão de remover o TikTok de suas lojas de aplicativo, App Store e Play Store, respectivamente.
Segundo a agência Reuters, o TikTok disse em comunicado que “é lamentável que a Câmara dos Deputados esteja usando a cobertura de importante assistência externa e humanitária para mais uma vez aprovar um projeto de lei que atropelaria os direitos de liberdade de expressão de 170 milhões de americanos“.
A empresa planeja entrar com uma ação judicial e argumenta que o projeto é “inconstitucional“.
Por que os EUA querem banir o TikTok?
A proposta de banir a plataforma surgiu durante o governo de Donald Trump, que afirmava que a ByteDance, empresa controladora do TikTok, representava uma ameaça à segurança do país.
Os legisladores e reguladores no Ocidente acreditam que a empresa pode colocar dados sensíveis dos utilizadores, como informações de localização, nas mãos do governo chinês.
Além disso, eles também estão preocupados que a China possa usar as recomendações de conteúdo do TikTok para desinformação, uma preocupação que aumentou nos Estados Unidos durante a guerra entre Israel e Hamas. Alguns críticos dizem que o TikTok alimentou a “disseminação do anti-semitismo e promoveu conteúdo pró-palestino para usuários americanos“.