O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, supervisionou um exercício de simulação de “contra-ataque nuclear” como uma resposta a ações militares de outros países. A informação foi divulgada pela agência de notícias estatal KCNA nesta terça-feira (23).
A Coreia do Norte disparou mísseis balísticos de curto alcance em direção ao mar na última segunda-feira (22). A Guarda Costeira do Japão e o Exército da Coreia do Sul confirmaram os lançamentos.
🇰🇵 Coreia do Norte realiza primeiro exercício de contra-ataque nuclear com lançador de foguetes de 600 mm
O país testou seu sistema abrangente de gerenciamento de armas nucleares Haekbangashoe.
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— RT Brasil (@rtnoticias_br) April 23, 2024
A KCNA destacou que os mísseis “atingiram seu alvo”, a 352 quilômetros de distância. “Kim dirigiu uma manobra tática combinada que simula um contra-ataque nuclear com unidades de foguetes múltiplos supergrandes. Ele apreciou a precisão dos mísseis”, informou a estatal.
Ambiente de segurança ameaçado
Ainda conforme a agência, “o ambiente de segurança da Coreia do Norte está seriamente ameaçado pelas incessantes provocações militares das forças hostis”. A KCNA aponta que “esta realidade” não pode ser ignorada e “exige” que a Coreia do Norte reforce sua defesa militar “de forma esmagadora e rápida” para ser capaz de “controlar ativamente a situação”.
No exercício, declarou a estatal, “a fiabilidade do sistema de comando, gestão, controle e operação de toda a força nuclear foi reexaminada”. De acordo com a agência, Kim Jong-un expressou “grande satisfação” com o resultado do exercício e “apreciou o alto impacto e a precisão” dos lançamentos realizados.
Resposta a Coreia do Sul e aos EUA
A KCNA ainda destacou que as manobras foram uma resposta aos exercícios aéreos conjuntos da Coreia do Sul e dos Estados Unidos, que aconteceram de 12 a 26 de abril.
O lançamento “é um exercício elaborado para demonstrar como o regime de Kim responderia a um bombardeio aéreo de Pyongyang das forças aéreas conjuntas dos EUA e da Coreia do Sul”, afirmou Han Kwon-hee, da Associação Coreana de Estudos da Indústria de Defesa, à AFP.
Os dois países afirmaram que os testes serviram para “demonstrar a letalidade do seu domínio aéreo e aumentar a sua capacidade de dissuadir, defender e derrotar qualquer adversário”.
Este foi o segundo lançamento em menos de uma semana da Coreia do Norte. Na sexta-feira (19), o regime testou uma “ogiva supergrande” desenvolvida para um míssil de cruzeiro estratégico, informou a imprensa estatal.
*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini