COLAPSO

Cuba sofre apagão generalizado; saiba o que aconteceu

A infraestrutura elétrica do país, composta principalmente por usinas antigas, enfrenta desafios de manutenção e fornecimento

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Presidente cubano, Miguel Díaz-Canel – Crédito: Getty Images

Cuba enfrentou um colapso significativo no seu sistema elétrico após o desligamento não planejado da usina termoelétrica Antonio Guiteras. Esta situação deixou o país inteiro às escuras e afetou aproximadamente dez milhões de pessoas. O apagão ocorre em meio a uma “emergência energética” já em curso, conforme anunciado anteriormente pelo presidente cubano, Miguel Díaz-Canel.

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A falha no fornecimento de energia gerou impactos sociais e econômicos severos, especialmente em áreas como comércio e serviços essenciais, o que evidenciou a vulnerabilidade do sistema energético do país. A eletricidade em Cuba é gerada principalmente por usinas termoelétricas desgastadas e por unidades flutuantes, que precisam de combustível para funcionar eficientemente.

Como Cuba está lidando com a crise energética?

O governo cubano está trabalhando para restaurar o serviço elétrico o mais rápido possível. Entretanto, ainda não há previsões sobre quando o sistema será completamente restabelecido. O presidente do país afirmou que não haverá descanso até que a eletricidade seja restaurada, dedicando prioridade máxima para solucionar essa contingência energética crítica.

Medidas imediatas incluem a paralisação de atividades de trabalho estatais não essenciais, com o objetivo de destinar a pouca eletricidade disponível para os serviços considerados prioritários, como hospitais e centros de produção de alimentos. Adicionalmente, empresas privadas enfrentarão tarifas mais altas de energia para compensar a escassez.

Quais são as causas da emergência energética em Cuba?

O principal fator por trás da crise energética em Cuba é a escassez de combustível. Esta situação é agravada pelo endurecimento do embargo imposto pelos Estados Unidos, que dificulta a importação de recursos necessários para alimentar o sistema energético da ilha. Além disso, tempestades recentes, como o furacão Milton, têm afetado a distribuição de combustível já existente, intensificando o problema.

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A infraestrutura elétrica de Cuba, composta principalmente por usinas antigas, enfrenta desafios de manutenção e fornecimento, contribuindo para apagões frequentes. Não é raro que algumas regiões do país experimentem cortes de energia que duram mais de quatro horas por dia, afetando severamente o cotidiano dos cidadãos e a produtividade econômica.

Impactos sociais e econômicos dos apagões

Os apagões prolongados têm causado não apenas incômodo, mas também dificuldades práticas para os cubanos. Em Havana, o centro econômico e administrativo do país, muitas atividades comerciais foram interrompidas. A falta de energia levou a protestos em várias províncias, indicando um crescente descontentamento entre a população.

A crise energética vem acompanhada de uma escassez de alimentos e medicamentos, intensificando os desafios enfrentados pela população. Enquanto a ilha trabalhava para se recuperar das interrupções que marcaram 2022, a atual situação energética reflete a gravidade dos desafios estruturais enfrentados por Cuba.

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Embora o governo cubano esteja implementando medidas emergenciais para mitigar a crise imediata, a necessidade de soluções duradouras é evidente. A atualização da infraestrutura elétrica, a diversificação de fontes de energia e a melhoria nas relações comerciais internacionais podem ser fundamentais para evitar futuros colapsos no fornecimento de eletricidade.

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