IMPASSE HISTÓRICO

Deputados dos EUA ainda não conseguiram eleger o presidente da Câmara

Republicanos estão sabotando a votação e indo contra Kevin McCarthy, o principal candidato do partido.

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(Crédito: Getty Images)

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos continua sem um presidente após o terceiro dia de um impasse histórico. Devido às disputas internas entre os republicanos, o líder do partido, Kevin McCarthy, não conseguiu o apoio suficiente para ser eleito nas rodas de votação desta quinta-feira (5).

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Com a posse do novo Congresso depois das eleições legislativas de novembro, o Partido Republicano voltou a ter maioria na Câmara e, pelo curso que tradicionalmente é cumprido na política americana, deveria ter sido eleito, ainda na terça-feira (3) um novo presidente da Casa.

Entretanto, McCarthy, apoiado pelo ex-presidente Donald Trump, sofre forte oposição interna por ser considerado muito moderado pelos conservadores, deixando o partido incapaz de eleger seu representante. O líder já aceitou muitas das demandas destes deputados, mas cerca de 20 republicanos estão sabotando sua votação.

 

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O candidato precisa ter a maioria absoluta dos votos para ser eleito presidente. Se todos os 435 deputados votarem, o vencedor precisa ter 218 votos para ganhar. Foram três rodadas de votação na terça-feira (3), outras três na quarta-feira (4) e mais três nesta quinta-feira (5), todas sem definição.

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A falta de consenso na escolha trava a pauta na Câmara e deputados têm de votar quantas vezes for preciso até que o novo presidente seja escolhido. A última vez que não houve uma eleição de primeira foi em 1923, quando a seleção de um republicano demandou nove rodadas.

Sem um presidente, a Câmara dos Representantes não pode empossar seus novos membros, decidir os integrantes das várias comissões, apresentar projetos de lei, ou abrir qualquer uma das investigações prometidas contra o governo do democrata Joe Biden.

Biden chamou o fracasso dos republicanos em escolher um representante de “embaraçoso para o país” e disse que o “resto do mundo” observa, de perto, esse processo. O atual presidente será o principal alvo dos republicanos na Casa —que, com a maioria, prometem abrir investigações contra o governo e travar a pauta legislativa da Casa Branca.

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*Texto de Luiza Palermo, sob a supervisão de Lilian Coelho.

 

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