ameaças aéreas

Domo de Ferro de Israel intercepta foguetes disparados do Líbano

Os projéteis foram interceptados e destruídos no ar; quase 2.000 pessoas morreram desde o início dos ataques israelenses

O sistema de defesa aérea Domo de Ferro de Israel interceptou foguetes lançados do Líbano na sexta-feira (4).
Fumaça sobe no local dos ataques aéreos israelenses em 28 de setembro de 2024 nos subúrbios ao sul de Beirute, Líbano – Crédito: Getty Images

O sistema de defesa aérea Domo de Ferro de Israel interceptou foguetes lançados do Líbano na sexta-feira (4), enquanto o cenário ao norte da fronteira permanecia com trocas de tiros contínuas entre as forças israelenses e os combatentes do Hezbollah, apoiados pelo Irã. Os foguetes foram interceptados e destruídos no ar, perto da fronteira com o Líbano.

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Quase 2.000 pessoas morreram desde o início dos ataques israelenses ao Líbano no ano passado, incluindo 127 crianças, informou o ministro da Saúde libanês. A maior parte das vítimas foi registrada nas últimas duas semanas.

Como funciona o sistema Domo de Ferro?

O sistema Domo de Ferro é uma peça-chave na defesa de Israel contra ameaças aéreas. O sistema utiliza radares para detectar foguetes inimigos e calcula rapidamente suas trajetórias. Se uma ameaça é identificada como crítica, o sistema lança interceptadores que destroem os foguetes no ar, antes que alcancem seus alvos.

Escalada nos conflitos do Oriente Médio

O ataque de mísseis lançado pelo Irã contra Israel no dia 1º representou uma nova escalada na crise do Oriente Médio. O conflito opõe, de um lado, Israel com o apoio dos Estados Unidos, e de outro, o Eixo da Resistência, um conjunto de grupos paramilitares financiados e armados pelo Irã.

Atualmente, existem sete frentes de batalha: a própria República Islâmica do Irã, o Hamas na Faixa de Gaza, o Hezbollah no Líbano, o governo sírio e as milícias que operam no país, os Houthis no Iêmen, grupos xiitas no Iraque e várias organizações militantes na Cisjordânia.

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Israel mantém tropas em três dessas regiões — Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza — e realiza ataques aéreos nas outras quatro.

No dia 30 de setembro, o Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano, pouco tempo após a morte de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, em um ataque aéreo ao quartel-general da organização nos arredores de Beirute.

De acordo com as Forças de Defesa de Israel, praticamente toda a liderança do Hezbollah foi eliminada em ataques semelhantes nas últimas semanas. No dia 23 de setembro, o Líbano sofreu seu dia mais violento desde o conflito de 2006, com mais de 500 mortes registradas.

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Entre as vítimas, pelo menos dois adolescentes brasileiros morreram nos bombardeios. O Itamaraty condenou a escalada da violência e solicitou o cessar-fogo imediato. Diante do agravamento da situação, o governo brasileiro anunciou a repatriação de cidadãos no Líbano.

Na Cisjordânia, Israel tenta enfraquecer os grupos que resistem à ocupação israelense da região.

Na Faixa de Gaza, o objetivo israelense é destruir o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro, que provocou mais de 1.200 mortes, conforme dados oficiais de Israel. Em resposta, a ofensiva israelense na região resultou em mais de 40 mil mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, sob controle do Hamas.

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O líder do Hamas, Yahya Sinwar, permanece escondido em túneis na Faixa de Gaza, onde também estão reféns israelenses sequestrados pelo grupo.

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