A Guatemala terá eleições gerais neste domingo (25) encerrando uma das campanhas mais caóticas em toda a história do país. A votação ocorre no momento em que os defensores dos direitos humanos alertam sobre os retrocessos democráticos no país centro-americano e o aumento do êxodo de milhares de guatemaltecos rumo ao EUA.
Aproximadamente 9,2 milhões de guatemaltecos poderão votar para eleger o próximo presidente e vice-presidente do país, bem como 160 representantes no Congresso. Centenas de cargos locais também estão em disputa, assim como 20 assentos no Parlamento Centro-Americano. Os centros de votação abrirão às 7h (10h de Brasília) e fechem às 18h (21h) no horário local.
A principal candidata nas eleições da Guatemala é Sandra Torres, do Partido da Unidade Nacional de Esperança (UNE). Torres lidera a maioria das pesquisas feitas até agora. Ela é empresária, 67 anos, e ex-primeira-dama que já tentou duas vezes a presidência sem sucesso e aliada, na atual legislatura, do partido Vamos.
Torres terminou em segundo lugar nas duas eleições presidenciais anteriores, mas ela e seu partido enfrentaram acusações de corrupção e financiamento ilegal de campanha. Ela sempre negou as acusações e fez campanha com a promessa de fortalecer programas sociais para combater a pobreza em todo o país.
Atrás de Torres, logo em segundo lugar, de acordo com pesquisas recentes, está Edmond Mulet, 72 anos, um diplomata de carreira filiado ao partido centrista Partido “Cabal”. Mulet está fazendo campanha com promessas de fortalecer a economia e investir em saúde, educação e segurança.
Embora ele também tenha se manifestado contra a corrupção e a perseguição a jornalistas, a campanha de Mulet foi assolada por acusações de que ele estava envolvido em uma operação ilegal de adoção de crianças na década de 1980, quando milhares de bebês e crianças foram retirados de suas famílias e colocados para adoção. fora do país. Mulet negou veementemente ter qualquer participação no esquema.
A Guatemala tem cerca de 16 milhões de habitantes e uma área de 109 mil km². O PIB soma quase US$ 86 bilhões, com uma renda per capita de US$ 5.025, segundo dados de 2021 do Banco Mundial.
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— Datalytics (@DatalyticsMX) June 18, 2023