Nesta segunda-feira (6), às vésperas do marco de um mês desde o início do conflito entre Israel e o grupo extremista Hamas – que atacou o Estado judeu no dia 7 de outubro, matando 1,4 mil pessoas – o número de mortos na Faixa de Gaza em decorrência de ataques israelenses superou o montante de 10 mil vítimas.
Segundo informações da emissora Al Jazeera, o Ministério da Saúde palestino informou que 10.022 pessoas foram mortas por ataques de Israel nesse período, entre elas, 4.104 crianças e 2.641 mulheres. A pasta acrescentou que outras 25.408 pessoas ficaram feridas.
“Hoje foi registrado um marco chocante no ataque contínuo de Israel a Gaza, ao sabermos que 10 mil palestinos foram mortos”, declarou a organização Ajuda Médica para Palestinos (MAP, na sigla em inglês), sediada no Reino Unido, em um comunicado.
A terrível soma de vítimas foi resultado do “bombardeio indiscriminado de Israel contra casas de civis, hospitais, campos de refugiados e escolas“, acrescentou.
“A maioria dos mortos são mulheres e crianças. O bombardeio de áreas civis em Gaza por Israel exige uma resposta imediata da comunidade internacional, que deve defender o direito internacional. O custo da falta de ação é medido em vidas, e não podemos permitir que esta carnificina continue”, afirmou Melanie Ward, CEO da MAP.
Fikr Shalltoot, diretor da organização em Gaza, disse que os palestinos estão aterrorizados com o que acontecerá em seguida se um cessar-fogo não for alcançado em breve.
“Quantas mais mortes serão necessárias para que este ataque termine – 50 mil, 100 mil?” perguntou Shalltoot. “Ao testemunharmos as nossas casas, hospitais e escolas transformadas em escombros, clamamos por um pingo de humanidade por parte dos líderes mundiais“, disse.