MANTIMENTOS

Entrada de ajuda humanitária em Gaza está prevista para esta sexta-feira (20)

“O combustível também é necessário para geradores hospitalares, ambulâncias e usinas de dessalinização”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus

Entrada de ajuda humanitária em Gaza está prevista para esta sexta-feira (20)
Ajuda humanitária deve entrar no território da Faixa de Gaza nesta sexta-feira, 20 (Crédito Foto by Mahmoud Khaled/Getty Images))

A entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza está prevista para esta sexta-feira (20), segundo a Casa Branca. Cerca de 100 caminhões com mantimentos aguardam na passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, pela autorização para entrarem no território.

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Inicialmente, o governo de Israel havia bloqueado a entrada de água, alimentos, eletricidade e combustível em Gaza. No entanto, apelos da comunidade internacional e, principalmente, um encontro com Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, em Tel Aviv, convenceram Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense, a autorizar o envio de ajuda humanitária para o território.

“O combustível também é necessário para geradores hospitalares, ambulâncias e usinas de dessalinização – e instamos Israel a adicionar combustível aos suprimentos vitais autorizados a entrar em Gaza”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em coletiva de imprensa.

Um porta-voz da Presidência egípcia disse na quarta-feira (19) que estava coordenando, junto com os norte-americanos e com organizações humanitárias internacionais sob a supervisão da ONU, uma forma de garantir a chegada de ajuda.

O gabinete de Netanyahu emitiu um comunicado afirmando que “não impedirá” as entregas de alimentos, água e medicamentos, desde que os fornecimentos não cheguem ao Hamas. Não houve menção a combustível, que é essencial para abastecer os geradores dos hospitais locais.

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Após o ataque massivo do grupo terrorista Hamas contra Israel no último dia 7, que matou centenas de pessoas, o país impôs um bloqueio total ao território palestino, interrompendo a entrada de água, comida, combustível e eletricidade. Desde então, a situação para os mais de 2,3 milhões de palestinos que vivem em Gaza está se deteriorando com rapidez.

“O direito humanitário internacional é muito claro: você não pode fazer uma população inteira passar fome. Você não pode usar ajuda, comida ou água como um instrumento de guerra para qualquer fim político ou militar”, afirmou Marwan Jilani, diretor geral da organização Crescente Vermelho para a Palestina (como é chamada a Cruz Vermelha em países islâmicos), à emissora Al Jazeera.

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