FRAUDE

O que se sabe sobe o “carro do golpe” apreendido em SP?

Uma quadrilha utilizava o veículo para circular pela cidade e enviar mensagens fraudulentas em massa

Uma quadrilha utilizava o "carro do golpe" para circular pela cidade e enviar mensagens fraudulentas em massa.
Quadrilha usava carro com lap top e antena para enviar SMS para celulares – Créditos: Reprodução

Um veículo apelidado como “carro do golpe” foi apreendido na zona Sul de São Paulo. Everton Nascimento de Oliveira, de 22 anos, foi preso no local por dirigir o Jeep branco por bairros nobres como Jardins, Itaim Bibi e Pinheiros, para uma quadrilha.

Publicidade

Os criminosos estabelecem um esquema no qual utilizam do automóvel equipado com laptop e antena para enviar mensagens SMS fraudulentas para celulares próximos. A ação destaca a sofisticação dos golpes e a facilidade com que as vítimas são enganadas por mensagens que simulam comunicações de bancos renomados.

Everton recebia R$1 mil por semana para dirigir o “carro do golpe” pela cidade. Ele foi indiciado por associação criminosa, invasão de dispositivo informático, uso clandestino de sistema de telecomunicação e corrupção de menor de 18 anos.

Como a quadrilha utilizava o “carro do golpe”?

Equipado com uma antena no porta-malas, o “carro do golpe” teria que chegar a cerca de 5 metros de outros carros parados. Isso permitia o rastreamento dos celulares próximos e o envio em massa de mensagens fraudulentas.

As vítimas, ao receberem um SMS, eram induzidas a clicar em um link que as redirecionava para uma página falsa. Nessa página, as pessoas eram solicitadas a preencher dados pessoais e bancários, incluindo senhas. Assim que forneciam essas informações, os criminosos utilizavam os dados para acessar e esvaziar as contas bancárias das vítimas.

Publicidade

A polícia estima que pelo menos 100 pessoas tenham sido vítimas do “carro do golpe” em apenas um mês. As investigações, lideradas pelo 42º Distrito Policial (DP) de Parque São Lucas, estão em andamento com o objetivo de identificar todas as vítimas e os demais membros da quadrilha.

O delegado Alexandre Bento afirmou que acreditam na existência de diversos membros. “O motorista é uma mão de obra da quadrilha. Ele recebia R$ 1 mil por semana para dirigir o veículo. O notebook ficava instalado no banco traseiro. No porta-malas ficava bateria, antena e outra parte do equipamento”, relatou.

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.