Venezuela x Guiana

“Está tudo dentro da normalidade na fronteira”, diz ministro da Defesa

A informação é a mesma no Exército brasileiro, que antecipou uma movimentação de tropas para a região por causa do referendo

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, disse que não há ainda nenhuma movimentação suspeita no lado brasileiro da fronteira.
(Crédito: Vitor Abdal)

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, disse hoje à CNN Brasil que não há ainda nenhuma movimentação suspeita no lado brasileiro da fronteira depois da aprovação de um referendo na Venezuela para anexar a região de Essequibo, que ocupa dois terços do território da Guiana. “Está, até agora, tudo dentro da normalidade”, afirmou.

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A informação é a mesma no Exército brasileiro, que antecipou uma movimentação de tropas para a região de fronteira por causa do referendo. Diplomatas brasileiros dialogam com os dois lados para que a tensão não evolua para um conflito armado. Fontes do Palácio do Planalto dizem que ainda não há uma mediação brasileira e que isso só ocorrerá se houver demanda dos dois países.

Entenda a anexação

No domingo (3), os venezuelanos aprovaram com 96% dos votos um referendo com as cinco questões elaboradas pelo governo garantindo apoio a Nicolás Maduro para a anexação à Venezuela da região de Essequibo, que fica na Guiana, de acordo com informações do site UOL. Após o resultado das urnas, Maduro expressou que foi um dia “histórico” com um resultado “esmagador”. “O povo da Venezuela falou alto e em bom som para lutar”, completou.

O presidente do CNE (Conselho Nacional Eleitoral) da Venezuela, Elvis Amoroso, anunciou que a participação popular foi “esmagadora” e ultrapassou os 10,5 milhões de votos para “Sim”. Existem mais de 20 milhões de eleitores elegíveis no país. “Informamos ao povo da Venezuela o esmagador número que ultrapassa os 10.554.000 votos, número que aumentará com a prorrogação que foi concedida porque ainda há venezuelanos que exercem o seu voto”, afirmou Amoroso.

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Disputa de séculos

Segundo informações da CNN Brasil, Nicolás Maduro realizou o referendo para “reafirmar” os seus direitos sobre o território de Essequibo, que está em disputa com a Guiana desde o final do século 19. A Venezuela alega que o território foi retirado do país em 1899 na sentença arbitral de Paris.

Por sua vez, a Guiana rejeitou este referendo e solicitou ao Tribunal Internacional de Justiça que emita uma ordem de emergência contra o resultado da consulta popular, defendendo o território que lhe pertence.

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