cúpula do G7

“Estamos a beira de uma guerra regional no Oriente Médio”, alerta chefe de política externa da UE

A declaração ocorre enquanto o mundo aguarda a resposta militar de Israel contra uma chuva de mísseis e drones do Irã

O líder da política externa da União Europeia, Josep Borrell, alertou que o Oriente Médio está à beira de uma guerra regional.
Josep Borrell – Crédito: Getty Images

O líder de política externa da União Europeia, Josep Borrell, alertou nesta quinta-feira (18) que o Oriente Médio está à beira de uma guerra regional. A declaração ocorre enquanto o mundo aguarda, em alerta, a resposta militar de Israel contra uma chuva de mísseis e drones do Irã que atingiu o país no final de semana.

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“Não podemos escalar. Não podemos ir passo a passo respondendo cada vez mais até chegarmos a uma guerra regional”, disse Josep Borrell ao chegar à Itália para uma reunião com os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7.

“Isso [a guerra regional] enviará ondas de choque para o resto do mundo, mas particularmente para a Europa.” Borrell disse que “o apoio humanitário aumentou muito pouco” para Gaza e que a ajuda que chega ao enclave foi “muito insuficiente”.

Um conflito entre Irã e Israel tem potencial para projetar estragos para muito além do Golfo Pérsico. Estima-se que o exército iraniano some 610 mil homens, contingente três vezes maior que o israelense, e tenha orçamento anual de US$ 7 bilhões.

Guerra na Ucrânia

Os ministros debatem também a guerra na Ucrânia, que fez dois anos em fevereiro, Borrell pede aos líderes ocidentais que acelerem a ajuda militar a Kiev. Um apelo repetido pelo secretário de Estado norte-americano Antony Blinken: “É urgente que todos os amigos e apoiantes da Ucrânia maximizem os esforços para fornecer à Ucrânia o que ela precisa para continuar a defender-se eficazmente contra esta agressão russa”, disse.

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Os EUA e vários países europeus irão discutir propostas para utilizar os lucros gerados por milhões de euros de ativos russos congelados para ajudar a fornecer armas e outros fundos à Ucrânia. Essas propostas ganharam força à medida que os esforços americanos para garantir o financiamento militar estagnaram no Congresso.

*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

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