ATO TERRORISTA?

Explosão destrói barragem de Nova Kakhovka, no sul da Ucrânia

Estima-se que 16 mil pessoas estejam na chamada ‘zona de risco’; o reservatório tem mais da metade do volume de Itaipu

Explosão destrói barragem de Nova Kakhovka, no sul da Ucrânia
A barragem hidrelétrica Nova Kakhovka, localizada perto da cidade de Kherson, foi danificada por uma explosão (Crédito Foto: Ukrhydroenergo/Reprodução)

A barragem de uma importante represa na Ucrânia foi destruída nesta terça-feira (6). Uma explosão atingiu a barragem de Nova Kakhovka, localizada em uma parte controlada pela Rússia no sul da Ucrânia. Autoridades russas e ucranianas trocam acusações sobre a responsabilidade pelo incidente.

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À medida que o nível da água subia ao sul da represa, os moradores da cidade de Antonivka, cerca de 60 quilômetros rio abaixo, descreveram ter assistido com horror as águas turbulentas da enchente passarem carregando árvores e destroços de casas destruídas.

Equipes de emergência ucranianas correram para evacuar os mais vulneráveis no lado oeste do rio, enquanto os conservacionistas alertaram que um enorme e duradouro desastre ambiental estava acontecendo.

“O exército russo cometeu outro ato de terror. Ele explodiu a Usina Hidrelétrica de Kakhovka. A água atingirá um nível crítico em cinco horas. A evacuação na área de perigo já começou”, disse Oleksandr Prokudin, chefe da administração militar da região de Kherson, nomeado pela Ucrânia, em um vídeo no Telegram.

“Todos os serviços estão funcionando”, acrescentou Prokudin, exortando os moradores ao longo da margem leste do rio Dnipro a “deixarem áreas perigosas imediatamente”.

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Segundo o jornal New York Times, não está claro quem foi o responsável pela destruição da barragem e da usina elétrica de Kakhovka, que fica ao longo do rio Dnipro e é controlada pelas forças russas. O presidente Volodymyr Zelensky culpou “terroristas russos” e autoridades ucranianas disseram que forças russas causaram uma explosão na instalação. O porta-voz do Kremlin, Dmitri S. Peskov, culpou as forças ucranianas pela destruição, chamando-o de ataque de “sabotagem”.

O incidente ameaça o abastecimento de água para a usina nuclear de Zaporíjia e representa um agravamento da guerra que já dura mais de 15 meses.

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