Em julho de 2022, uma família que fazia trilhas em busca de fósseis encontrou um grande osso saindo do chão, a cerca de 16 km da cidade de Marmarth, na Dakota do Norte, Estados Unidos. Mais tarde, descobriu-se que se tratava de um raro fóssil de um jovem Tyrannosaurus rex.
A descoberta do “Teen rex”, como foi apelidado, foi anunciada na última terça-feira (4) pelo Museu de Natureza e Ciência de Denver, que planeja estudá-lo e também exibi-lo ao público. Sam Fisher, seus filhos Liam e Jessin Fisher, com 7 e 10 anos à época, e seu sobrinho Kaiden Madsen, então com nove anos, foram os responsáveis pela descoberta. Sam e Liam foram os primeiros a notar o fóssil.
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“Meu pai chamou Jessin e Kaiden, e eles vieram correndo”, disse Liam, de 9 anos, à agência de notícias Reuters. “Meu pai perguntou ‘o que é isso?’ e Jessin respondeu ‘isso é um dinossauro'”. Jessin, agora com 12 anos, lembra: “Eu não sabia de que tipo”.
Sam enviou uma foto ao seu ex-colega de escola Tyler Lyson, curador de paleontologia de vertebrados no museu em Denver. Com permissão para escavar o local, todos voltaram lá em junho do ano passado. Inicialmente, pensaram que o fóssil pertencia a um dinossauro com bico de pato.
“No entanto, no primeiro dia da escavação, Jessin e eu descobrimos a mandíbula inferior com vários dentes de T. rex”, disse o paleontólogo. “Ainda me dá arrepios”. Kaiden, agora com 11 anos, afirmou que ficou “completamente sem palavras”.
Descobertas acerca do fóssil de dinossauro
O “Teen rex” tinha de 13 a 15 anos e dois terços do tamanho de um espécime adulto, medindo 7,6 metros e pesando 1.600 kg. Sue, o maior T. rex conhecido, mantido no Museu Field em Chicago, tem 12,3 metros de comprimento. Estima-se que o “Teen rex” viveu perto do fim do Cretáceo.
Segundo Lyson, a Formação Hell Creek, onde o fóssil foi encontrado, “preserva o último ecossistema de dinossauros da Terra” antes da extinção em massa. Com base no arenito macio em que foi descoberto, o corpo do animal aparentemente foi parar em um banco de areia de um antigo sistema fluvial.
Ainda não se sabe a composição exata do esqueleto, pois muitos dos ossos estão dentro de um bloco de rocha de três toneladas, agora estudado no museu. Há indícios de que há muito do crânio, do osso do quadril e algumas vértebras, além da perna, de acordo com o paleontólogo.
*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini