A Finlândia, eleita como o “país mais feliz do mundo”, está de prontidão para eventual guerra com a Rússia, seu país vizinho. Os países compartilham mais de 1,3 mil quilômetros de fronteira.
“Preparamos nossa sociedade e treinamos para situações assim desde a Segunda Guerra”, disse a ministra finlandesa dos Assuntos Europeus, Tytti Tuppurainen, para o jornal “Financial Times”. De acordo com o portal G1, a Finlândia tem planos de contingenciamento para diversas situações de calamidade.
Além disso, mais de 1/3 da população adulta está entre os reservistas das Forças Armadas. A Finlândia possui uma rede de túneis e “cidades subterrâneas”, que são preparadas para abrigar civis em meio a bombardeios.
Segundo o Financial Times, o país consegue manter em estoque um abastecimento de pelo menos seis meses, com combustíveis e principais grãos. Também, as farmacêuticas são obrigadas a guardarem remédios e substâncias importadas equivalentes a dez meses de uso.
Os prédios mais novos são construídos com abrigos antibombas em seu subsolo, para a eventual proteção de civis em caso de guerra. A população também pode se abrigar em estacionamentos subterrâneos, ringues de gelo e clubes. Até 2020, pelo menos 54 mil abrigos já haviam sido construídos.
No mês passado, a Finlândia reforçou seu direito de ingressar na Otan, apesar das ameaças da Rússia em meio à invasão da Ucrânia. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia alertou que sua adesão à aliança militar “teria sérias repercussões militares e políticas”.
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Entenda o conflito
Desde o dia 24 de fevereiro, Vladimir Putin deu início ao conflito contra a Ucrânia ao bombardear regiões do país. A invasão contou com domínios por terra, mar e ar, após autorização do presidente russo.
Vladimir Putin não aceita que a Ucrânia faça parte da OTAN, uma aliança criada pelos Estados Unidos. O presidente não deseja que uma base inimiga seja estabelecida próxima a seu território, uma vez que a Ucrânia faz fronteira com a Rússia. Esse foi um dos estopins para que Putin iniciasse os ataques.