escalada de tensão

Governo russo diz que a França está envolvida na guerra da Ucrânia; entenda

Macron declarou o Kremlin não se deteria no território de Kiev caso o conquistasse, e ainda incentivou os europeus a se prepararem para uma resposta

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Emmanuel Macron – Crédito: Sean Gallup/Getty Images

Nesta sexta-feira (15), em resposta a um comentário recente de Emmanuel Macron quanto a possibilidade de enviar tropas para a Ucrânia, o governo russo declarou que a França já está envolvida com a guerra. Em suma, nesta quinta-feira (14), Macron declarou o Kremlin não se deteria na Ucrânia caso a conquistasse, e ainda incentivou os europeus a se prepararem para uma resposta.

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No mês passado, as declarações do presidente francês geraram controvérsia ao afirmar que não descartava a possibilidade de enviar tropas para a Ucrânia no futuro. Vários líderes europeus se distanciaram dessa ideia, embora outros, especialmente os do Leste Europeu, tenham apoiado as afirmações.

“Hoje, decidir se abster ou votar contra o apoio à Ucrânia não é votar pela paz, é escolher a derrota. É diferente”, foi o que disse Macron em uma entrevista. “Se a Rússia vencer essa guerra, a credibilidade da Europa será reduzida a zero”, acrescentou, depois que alguns líderes da oposição consideraram seus comentários como agressivos.

Além disso, Macron afirmou que é importante que os países europeus não demonstrem fraqueza diante do governo russo, mas não forneceu detalhes quanto a uma utilização de tropas. Ainda, acrescentou que não está em guerra com a Rússia, indicando que o país é um “adversário”.

Não quero fazê-lo. Quero que a Rússia pare essa guerra, recue de suas posições e permita assim a paz. Não darei visibilidade a alguém que não está me dando nenhuma. Não tenho razões para ser preciso.”, declarou.

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Vale destacar que, na França, o partido de oposição liderado por Marine Le Pen, da extrema direita, optou por não participar da votação no Parlamento nesta semana em relação a um acordo de segurança assinado por Paris e a Ucrânia. Enquanto isso, os representantes de esquerda votaram contra o acordo.

*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

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