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Hamas ameaça negociação de cessar-fogo após ataque a civis que recebiam comida

Segundo o Ministério da Saúde palestino em Gaza, o caso resultou na morte de pelo menos 104 pessoas e deixou outras 760 feridas

Izzat Al-Risheq, um alto membro do Hamas, fez um alerta em relação aos ataques contra aqueles que estão entregando ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Forças de Defesa de Israel abriram fogo durante uma situação em que civis palestinos se reuniam em torno de caminhões de ajuda alimentar – Créditos: Getty Images

Izzat Al-Risheq, um alto membro do Hamas, fez um alerta em relação aos ataques contra aqueles que estão entregando ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Em síntese, ele apontou que isso pode prejudicar as negociações em andamento para a libertação de reféns e para alcançar um cessar-fogo.

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“Não permitiremos que o caminho das negociações [se torne] uma cobertura para os contínuos crimes do inimigo contra o nosso povo na Faixa de Gaza”, afirmou. Ele ainda publicou um comunicado no Telegram ressaltando que “as negociações não são um processo aberto”.

Nesta quinta-feira (29), tropas das Forças de Defesa de Israel abriram fogo durante uma situação em que civis palestinos se reuniam em torno de caminhões de ajuda alimentar. Segundo o Ministério da Saúde palestino em Gaza, isso resultou na morte de pelo menos 104 pessoas e deixou outras 760 feridas.

De acordo com um oficial israelense à CNN, o Exército de Israel fizeram disparos enquanto “a multidão se aproximava das forças de uma maneira que representava uma ameaça às tropas”. Os civis se reuniram em volta dos caminhões de suprimentos esperando obter comida, quando os ataques começaramAs Forças de Israel alegaram ainda que “os residentes de Gaza cercaram os caminhões e saquearam os mantimentos que estavam sendo entregues”.

O caso ocorreu no oeste da cidade de Gaza e o oficial israelense acrescentou que “o incidente está sob revisão”

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Testemunhas disseram à CNN que os caminhões de ajuda humanitária tentaram deixar o local, mas acabaram atropelando acidentalmente outras pessoas, resultando em novas mortes e feridos. O número de vítimas pode aumentar, pois ainda há corpos e pessoas nas ruas, e as ambulâncias têm dificuldade para chegar aos necessitados devido aos escombros que bloqueiam o caminho.

Por meio do X (antigo Twitter), a Oxfam International afirmou que o ataque foi uma “grave violação das leis humanitárias internacionais e da nossa humanidade”, alertando para o risco de genocídio.

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*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

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