
Após a noite de saques e invasões a estabelecimentos comerciais na Argentina, o governador de Buenos Aires, Axel Kicillof, afirmou nesta quarta-feira (23) que “alguns líderes políticos fizeram um trabalho permanente para promover saques e roubos nas últimas horas“, atribuindo estes episódios à oposição.
Segundo o governador, “houve denúncias falsas, imagens falsas como a de que situações relacionadas com roubos e violência ocorriam nos subúrbios”.
Em declarações à imprensa, o candidato à reeleição do “Unión por la Patria” explicou que “houve ligações para o 911, todas falsas.” Além disso, esclareceu que, até o momento, existem 94 detidos. Segundo o governo da província de Buenos Aires, os atos se iniciaram de forma coordenada, com uma campanha massiva em todas as redes sociais.
❗ Axel Kicillof culpó a la oposición por los intentos de saqueo: “Hubo falsas denuncias, movilización en redes”.
🚨El gobernador bonaerense advirtió que los incidentes se impulsaron “durante el fin de semana”. Informó que ya hay 94 detenidos.https://t.co/hBfEIwaZDl
— Perfil.com (@perfilcom) August 23, 2023
O ministro da Segurança, Aníbal Fernández, disse, sem mencionar nomes, que “alguém está incentivando, procurando uma alternativa que nada tem a ver com saques, que é uma vocação para gerar conflito”.
O candidato à presidência Javier Milei, que venceu as primárias realizadas no domingo passado (13), comparou os tumultos deste final de semana aos saques ocorridos durante as crises econômica e política do início do milênio na Argentina.
“As mesmas imagens de 2001/2. Os mesmos responsáveis. Uma Argentina diferente é impossível com os mesmos de sempre”, escreveu Milei nas redes sociais.