ALARMANTE

Inflação na Argentina atinge 211% em 2023, patamar mais alto desde os anos 1990

O atual presidente Javier Milei chegou ao poder impulsionado pela insatisfação da população diante da deterioração da situação econômica do país

Nesta quinta-feira (11), a taxa de inflação na Argentina em 2023 foi divulgada. Os dados oficiais indicam que o país registrou uma taxa anual superior a 211% no ano passado.
Javier Milei já impôs medidas para controle do índice – Crédito: Reprodução/Youtube

Nesta quinta-feira (11), a taxa de inflação na Argentina em 2023 foi divulgada. Os dados oficiais indicam que o país registrou uma taxa anual superior a 211% no ano passado. Esse é o nível mais elevado desde o início da década de 1990. Ao mesmo tempo, o recém-eleito presidente Javier Milei está empenhado em enfrentar a hiperinflação por meio da implementação de medidas de austeridade rigorosas.

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Essa avaliação de 2023 fez com que a Argentina superasse a Venezuela, que historicamente representava o caso atípico da América Latina em relação à inflação. Na Venezuela, as pressões inflacionárias reduziram para uma estimativa de 193% no ano passado, após anos de aumentos de preços descontrolados.

Apesar de anos de persistente inflação elevada, a Argentina agora enfrenta uma taxa de aumento de preços que atinge o patamar mais alto desde o princípio dos anos 1990, quando o país estava começando a se recuperar de um período de hiperinflação.

Vale ressaltar que, em dezembro, a taxa de inflação na Argentina no mês alcançou 25,5%, ficando ligeiramente abaixo das projeções. Isso ocorreu após uma significativa desvalorização do peso implementada pelo governo de Javier Milei, que assumiu o cargo com a promessa de controlar a taxa.

O atual presidente chegou ao poder impulsionado pela insatisfação da população diante da deterioração da situação econômica da Argentina. Desde que teve sua ascensão, busca implementar medidas rigorosas de austeridade para combater a inflação na Argentina, reduzir o déficit fiscal e reestruturar as finanças governamentais.

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No entanto, Milei alertou que o processo será demorado e que a situação pode se agravar antes de apresentar melhorias. Diante desse cenário, muitos argentinos estão cortando ainda mais os gastos. Destaca-se que dois quintos da população se encontram em situação de pobreza.

*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

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