desânimo

Inflação na Argentina: maioria da população não acredita que a situação econômica mudará após eleições

O sentimento da sociedade reflete a falta de esperança em uma mudança próxima, mesmo com a escolha de um novo presidente para o país

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(Crédito: Perfil.com)

Diante de um complicado contexto econômico de inflação na Argentina, uma pesquisa mostra que  60% da população acredita que pode continuar a sofrer com a crise que assola o país. Outros já não nutrem esperança alguma de melhoria. A pesquisa, realizada pelo Centro de Opinião Pública da Universidade de Belgrano divulga dados que refletem a baixa expectativa de reverter o delicado panorama econômico.

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De fato, 60% dos argentinos consultados afirmaram acreditar que a situação econômica permanecerá igual ou que pode até piorar após a eleição presidencial deste ano. Além disso, o estudo revelou ainda que apenas 4 em cada 10 entrevistados responderam que acreditam que vai haver uma mudança no clima econômico após a eleição de novembro.

De acordo com pesquisadores, “as opiniões estão divididas sobre se as eleições deste ano vão melhorar as expectativas econômicas, prevalecendo um otimismo moderado”. Nesse sentido, destacou que “41% dos consultados acreditam que a eleição deste ano vão abrir melhores expectativas para a economia, 32% acreditam que só vão piorar, enquanto 22% acreditam que nada vai mudar”.

O relatório aponta que 60%  dos entrevistados acreditam que a geração atual de jovens terá que enfrentar as expectativas futuras ainda piores do que as vividas atualmente diante do cenário de inflação na Argentina.

Na contramão da onda de pessimismo, um artigo publicado no jornal americano The New York Times analisou o fenômeno gastronômico da cidade de Buenos Aires que, a priori, não parece estar correlacionado com a inflação na Argentina que gira em torno de 8% ao mês e supera os 100% ao ano.

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“Em Buenos Aires, a capital cosmopolita da Argentina, floresce uma cena culinária de classe mundial. Isso não seria necessariamente uma notícia se não fosse o fato de que a Argentina atravessa uma extraordinária crise financeira . A inflação supera os 114% – a quarta taxa mais alta do mundo – e o peso argentino despencou, com uma queda de 25% em três semanas de abril”, escreveu o jornal.

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