NOVO MEMBRO

Ingresso da Bolívia como membro pleno deve marcar Cúpula do Mercosul

Reunião, que marca os 33 anos do bloco, será segunda-feira (8) em Assunção

Bolívia
Ingresso da Bolívia como membro pleno deve marcar Cúpula do Mercosul – Crédito: Marcos Oliveira / Agência Senado

Este mês marca um passo significativo para a Bolívia e o Mercosul. Em uma reunião de cúpula a ser realizada em Assunção, Paraguai, a Bolívia está prestes a se tornar membro efetivo do bloco transnacional, após um longo período de negociações e ajustes necessários para alinhar suas políticas às exigências do grupo.

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A cúpula, que acontecerá na próxima segunda-feira (8), é vista como um momento decisivo, uma vez que a adesão da Bolívia solidifica não apenas a expansão do Mercosul, mas também representa uma mudança significativa nas dinâmicas comerciais e políticas da região. A entrada da Bolívia tem, sem dúvidas, o potencial de fortalecer ainda mais a integração entre os países membros.

O que esperar da inclusão da Bolívia no Mercosul?

De acordo informações de reportagem da Agência Brasil, a anfitriã da cúpula, Gisela Padovan, Secretária para a América Latina e Caribe do Itamaraty, destacou a importância deste evento. Segundo ela, o ingresso completo da Bolívia é o principal ponto de discussão deste encontro. Com a provável aprovação do Senado boliviano ainda hoje, o país está a um passo de confirmar sua posição como membro pleno do Mercosul, aumentando para seis o número de nações efetivas no bloco.

Como a Bolívia se prepara para essa nova fase?

Após o anúncio oficial de adesão, a Bolívia terá quatro anos para cumprir todas as condições impostas pelo Mercosul. Essas condições estão relacionadas não só ao comércio, mas também a uma série de políticas como a manutenção da democracia, principalmente após tentativa de golpe na última semana. Este período é crucial para que o país ajuste suas leis e regulamentações às práticas comuns do bloco.

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Reações internacionais e planos futuros

O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, tem mostrado grande apoio à Bolívia, especialmente após os recentes eventos políticos que quase levaram a uma instabilidade governamental no país. Lula planeja visitar a Bolívia após a cúpula para reafirmar o apoio do Brasil e discutir futuras colaborações bilaterais. Este gesto também simboliza solidariedade frente aos desafios que a Bolívia vem enfrentando.

Outras reuniões na cúpula incluem discussões sobre migração e segurança na vasta fronteira entre Brasil e Bolívia, que é a maior do Brasil com outro país. Estes encontros enfocarão métodos para fortalecer as relações e aumentar a segurança, combatendo problemas como o narcotráfico.

Enquanto o Mercosul comemora 33 anos de fundação, o panorama para futuras negociações e acordos também será um tópico de discussão na cúpula. Há expectativa de que novos entendimentos sejam firmados, incluindo acordos para aumentar a capacidade da Usina Hidrelétrica de Jirau e para promover a produção cinematográfica entre os países do bloco.

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Em contrapartida, a ausência anunciada do presidente argentino Javier Milei sugere algumas tensões políticas dentro do bloco. Ainda assim, os representantes do Mercosul reforçam que a integridade e o progresso do bloco não serão afetados.

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