Integrantes do Palácio do Planalto disseram que a permanência do embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, se tornou insustentável.
O governo, porém, pretende tratar do assunto apenas após a chegada em solo brasileiro do grupo que vai deixar nesta sexta-feira (10) a Faixa de Gaza.
Isso porque uma eventual ação do governo brasileiro para retirar o embaixador israelense do Brasil poderia atrapalhar o retorno dos brasileiros. Há três ideias que “correm” pelos corredores do Palácio do Planalto:
1- Interrupção da interlocução do governo com o embaixador, fazendo com que ele perca na prática sua função no país, forçando o governo de Israel a chamá-lo de volta;
2- Pedir a Israel que ele seja retirado;
3- Considerada mais radical: a expulsão do embaixador.
Zonshine esteve na quarta-feira (8) na Câmara de Deputados com Jair Bolsonaro e parlamentares de oposição. Na ocasião, exibiu um filme com imagens do ataque do Hamas no dia 7 de outubro.
O que disse o embaixador:
Daniel Zonshine, afirmou sentir que há forças que querem fazer rixa entre os dois países. “Tem gente que tenta fazer isso uma história, mas não tem história, não tem nada aqui que merece uma coisa muito séria. No meu ponto de vista, foi só um encontro, uma apresentação para parlamentares. Não foi nenhuma coisa diferente. O governo conhece a situação, conhece a realidade. Tenha talvez forças que querem fazer rixa entre Israel e Brasil, mas a relação entre Israel e Brasil é e vai continuar sendo boa”, disse.
O diplomata reforçou que foram convidados apenas parlamentares e que “foi uma surpresa ver a presença do ex-presidente”.
A Embaixada de Israel convocou uma coletiva com parlamentares selecionados na qual foi exposto material em vídeo com imagens exclusivas coletadas das câmeras dos capacetes dos terroristas do Hamas pelas Forças de Defesa de Israel. #hamasterrorists #terroristasdohamas #guerra… pic.twitter.com/JO31XLl2Cs
— Israel no Brasil (@IsraelinBrazil) November 8, 2023