O ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, responsabilizou os Estados Unidos pelo ataque de Israel na segunda-feira (1º) ao consulado iraniano em Damasco, na Síria.
“As dimensões do ataque terrorista e do crime do regime israelense foram explicadas e a responsabilidade da administração americana sublinhada na reunião. Uma mensagem importante foi transmitida à administração americana como apoiante do regime sionista. Os Estados Unidos deveriam ser responsáveis”, afirmou o ministro.
Amir-Abdollahian disse em uma postagem na plataforma X que o encarregado de negócios suíço em Teerã foi convocado pelo Ministério das Relações Exteriores do Irã nesta terça-feira (2) para discutir o incidente. Isso porque a Suíça representa os interesses dos EUA no Irã.
Segundo o site Axios, os EUA disseram ao Irã que “não tinham envolvimento” ou conhecimento detalhado sobre o ataque israelense ao complexo diplomático na Síria.
Já as Forças de Defesa de Israel (FDI) não comentaram publicamente sobre o ataque. O porta-voz das FDI, Daniel Hagari, ainda contestou que o edifício fosse um consulado. “Este é um edifício militar das forças Quds disfarçado de edifício civil em Damasco”, disse.
Ataque de Israel deixou oito mortos
De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), oito pessoas morreram no ataque aéreo atribuído a Israel. Dentre elas, sete membros do exército ideológico da república islâmica, e 12 ficaram feridas.
O general Mohammad Reza Zahedi, comandante das Forças Quds na Síria e no Líbano, e Mohammad Hadi Haji Rahimi, outro membro do alto comando da Força Quds, vieram a óbito.
Esse foi o quinto ataque em oito dias que teve como alvo a Síria. Amir-Abdollahian pediu à “comunidade internacional” que dê uma “resposta séria” aos ataques israelenses.
* Matéria publicada com supervisão de Ricardo Parra.