Desde que invadiu o Líbano, há quatro dias, o Exército de Israel matou cerca de 250 integrantes do Hezbollah, segundo um balanço das Forças Armadas do país desta sexta-feira (5).
Em um cenário de crescente tensão no Oriente Médio, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, reafirmou sua postura contra Israel.
Durante um raro discurso nas orações de sexta-feira em Teerã, Khamenei declarou que Israel “não durará muito” e convocou os muçulmanos a se posicionarem contra o país. Este pronunciamento ocorre em meio a um clima de instabilidade e escalada de conflitos na região.
O aiatolá expressou apoio ao ataque com mísseis realizado pelo Irã contra Israel, bem como à invasão do grupo Hamas ao sul de Israel no ano anterior, que resultou em mortes e intensificou a guerra na Faixa de Gaza. O discurso foi proferido durante uma cerimônia em memória de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah assassinado em um ataque israelense no Líbano.
Líder do Irã defende ataques a Israel
Khamenei não poupou palavras ao defender que a “resistência na região” continuará, independentemente da perda de líderes, como Nasrallah. Ele argumentou que a nação palestina tem o direito de se defender e chamou as recentes ações militares de “legítimas”. Este tipo de retórica reforça as tensões entre as forças iranianas e israelenses, ampliando o risco de novos confrontos.
Reações às declarações de Khamenei
O Líbano se encontra no centro das atenções devido às suas ligações próximas com o Hezbollah, apoiado pelo Irã. As forças israelenses invadiram o território libanês, resultando em confrontos diretos, como o ocorrido em Bint Jbeil, onde tropas libanesas reagiram a ataques israelenses. Essa situação destaca a fragilidade do exército libanês, enfraquecido por duas guerras e uma crise econômica severa.
Qual é a situação atual no Líbano após os ataques?
Após a incursão israelense, o Líbano está enfrentando uma grave crise humanitária. Mais de 1.900 pessoas perderam a vida, e milhares de outras ficaram feridas, incluindo crianças. A destruição em Beirute e arredores deslocou um milhão de pessoas, agravando uma crise já alarmante devido ao fluxo de refugiados sírios e palestinos.
O governo libanês apelou ao Conselho de Segurança da ONU por assistência humanitária urgente. O pedido inclui apoio financeiro para lidar com a crise, que já provocou danos substanciais à infraestrutura civil. A proposta de um cessar-fogo de 21 dias, liderada por França e Estados Unidos, busca trazer alívio temporário à região.
🇮🇱🇱🇧 What do you expect from the Israeli ground operation in northern Lebanon?
❗️IDF declared a closed military zone around 3 settlements near the border with Lebanon.
🇮🇷🚫 Iranian Foreign Ministry spokesman said that Lebanon do not need Iran’s help.
— MAKS 24 👀🇺🇦 (@maks23.bsky.social) 30 de setembro de 2024 15:42