Israel mandou milhares de moradores da Faixa de Gaza que trabalham no país de volta ao território palestino nesta sexta-feira (3), conforme divulgado pelo Gabinete de Segurança do país na quinta-feira (2).
Os trabalhadores atravessam a fronteira no dia de hoje, cruzando a passagem de Kerem Shalom, localizada na junção da fronteira entre Egito, Faixa de Gaza e Israel. O número exato de palestinos que retornaram à Faixa de Gaza ainda não foi informado.
Antes dos ataques terroristas e dos sequestros do Hamas em 7 de outubro, cerca de 18 mil habitantes da Faixa de Gaza tinham autorização para entrar em Israel e trabalhar, onde poderiam ganhar ter melhores salários.
“Israel está cortando todos os contatos com Gaza. Não haverá mais trabalhadores palestinos. Os trabalhadores que estavam em Israel no dia da eclosão da guerra serão devolvidos à Faixa de Gaza”, disse a assessoria de imprensa do governo na quinta.
O gabinete também disse que vai acabar com os fundos destinados à Faixa de Gaza, incluindo o financiamento da Autoridade Palestina – um órgão governamental separado com autonomia limitada na Cisjordânia – que iria para o território.
Ao longo dos últimos anos, o governo israelense começou a emitir milhares de autorizações de trabalho para os habitantes de Gaza atravessarem a fronteira como parte de uma estratégia de incentivo econômico que as autoridades israelenses esperavam que encorajasse os moradores do enclave a se distanciarem do Hamas.
Muitos são os únicos membros das suas famílias que possuem emprego, e os salários que ganham em Israel são muitas vezes mais elevados do que qualquer outro trabalho que pudessem conseguir onde moram.
Some important numbers to keep in mind: pic.twitter.com/08rb4ZAIVT
— Israel Defense Forces (@IDF) November 3, 2023