mudança de postura?

Israel reabre passagem para ajuda humanitária em Gaza

Essa decisão veio após uma conversa com Joe Biden. O presidente norte-americano exigiu a implementação de ações concretas para reduzir o sofrimento dos civis no território palestino

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Fome em Gaza – Crédito: Getty Images

Israel fez a aprovação da reabertura da passagem de Erez, localizada no norte da Faixa de Gaza, e da utilização temporária do porto de Ashdod, no sul israelense, para o envio de assistência ao enclave. Essa decisão veio após uma conversa com Joe Biden. O presidente norte-americano exigiu a implementação de ações concretas para reduzir o sofrimento dos civis no território palestino, visando a chegada de ajuda humanitária em Gaza.

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Em resumo, nesta quinta-feira (4), em conversa com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, Biden condicionou o apoio a Tel Aviv à necessidade de uma mudança de postura. Ele também solicitou um cessar-fogo imediato para trazer estabilidade à região, proteger civis e lidar com a crise humanitária.

A pressão sobre Israel aumentou quando, no início da semana, houve um ataque a um comboio da WCK (World Central Kitchen), uma ONG que distribui alimentos. Como resultado do ataque, sete trabalhadores humanitários morreram. Em meio a essa pressão, além das medidas mencionadas, o gabinete israelense também aprovou o aumento da assistência da Jordânia por meio da passagem de Kerem Shalom.

A escolha de retomar as atividades na passagem de Erez, que costumava ser a principal ligação entre Israel e a região norte do enclave, representou uma alteração importante. Israel vinha negando as solicitações para ampliar as passagens desde que implementaram bloqueios no território palestino.

Repercussão da reabertura para entrada de ajuda humanitária em Gaza

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, aprovou a decisão. No entanto, ele salientou que o impacto da medida deve ficar sob observação. “A prova estará nos resultados, e veremos isso se desdobrar nos próximos dias”, declarou ele.

Já a UNRWA, agência da ONU, também expressou satisfação com a retomada das passagens, mas enfatizou que os esforços devem ser maiores. Vale ressaltar que Israel proibiu a UNRWA de ajudar Gaza com alimentos.

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“O relógio está correndo rapidamente em direção à fome e a agência deve ser autorizada a fazer seu trabalho e chegar ao norte regularmente com suprimentos de alimentos e nutrição”, comunicou a agência.

Basem Naim, alto funcionário do Hamas, declarou que Netanyahu fez o mínimo. “Estamos preocupados com a possibilidade de que o anúncio israelense possa ser apenas uma estratégia para confundir e, uma vez que a implementação comece, Israel invente pretextos para adiar ou suspender o processo”, afirmou.

 * Sob supervisão de Lilian Coelho

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