O voo particular foi autorizado pela Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) a partir de um pedido feito por uma empresa portuguesa. A situação é excepcional em razão da guerra entre Israel e o Hamas, que atua na Faixa de Gaza.
No grupo estão convocados pelo governo israelense para ir à guerra, turistas que querem voltar ao país de origem e voluntários que desejam ajudar as vítimas.
Entre eles, Tal Hisherik (22 anos) estava há seis meses viajando pela América do Sul e decidiu voltar para casa. “Foi minha decisão. Meus pais e meus amigos estão lá, se tiver algo que eu possa fazer, eu acho que é importante, vou ajudar em hospital, com doação de sangue. É estranho estar aqui enquanto o pessoal em Israel está sofrendo”, explicou a reportagem da TV Globo.
A jovem israelense relata os dias de angústia que tem passado acompanhando o noticiário longe da família.
“Estou dilacerada. Nessa última semana eu fiquei no meu apartamento, não consegui me divertir, sempre ouvindo sobre pessoas morrendo, ouvindo sobre os meus amigos lutando, eu não conseguia aproveitar aqui.”
O paramédico Daniel Taller (29 anos) estava fazendo uma pesquisa com comunidades indígenas no norte da Colômbia. A previsão era de ficar no local até o final do ano, mas precisou adiar os planos por conta da guerra.
“Minha família está lá, meus amigos, minha namorada e eu sou paramédico no serviço de emergência e eles precisam de ajuda. Todos os hospitais estão colapsando com feridos e muitos médicos e paramédicos foram para o exército para lutar. Eles precisam de mais ajuda médica. Não tinha uma opção de ir ou não.”