Billie Eilish lançou nesta sexta-feira (17) seu terceiro álbum de estúdio “Hit Me Hard and Soft”. Após dois anos do sucesso “Happier Than Ever”, o novo disco também foi produzido e coescrito por seu irmão Finneas.
Um dia antes do grande lançamento, Billie organizou uma listening party, evento onde os convidados podem ouvir o novo álbum antes do lançamento. No Barclays Center, uma arena multiuso que é lar da liga profissional de basquete feminino dos Estados Unidos, ela se reuniu com um grupo selecionado de fãs, formado por cerca de 10.000 pessoas, para ouvir às músicas novas. “Lunch” foi a faixa que mais chamou a atenção e já recebeu um vídeo clipe para acompanhar o lançamento.
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Sobre o que é o álbum?
Em entrevista à Rolling Stone, Billie conta que precisou entrar em contato com o seu lado mais sombrio para compor as músicas. “Foi a melhor época da minha vida. Todo esse processo pareceu que eu estava voltando para a garota que eu era. Eu estive de luto por ela. Tenho procurado por ela em tudo e é quase como se ela tivesse sido afogada pelo mundo e pela mídia”, comentou. Logo na primeira faixa do álbum é perceptível esse contato com o seu “eu” do passado, que volta a aparecer ao longo da discografia.
Como de costume, a cantora respeita o limite de sua voz e mescla seus sussurros as letras, as tornando mais intimistas e pessoais. Entretanto, Billie não se segurou nas composições e cantou abertamente sobre seu desejo sexual por mulheres. No ano passado ela revelou à revista Variety, que também se atraía por meninas.
O hit “Lunch” foi parte desse processo de aceitação da sua sexualidade. “Eu escrevi um pouco antes mesmo de fazer qualquer coisa com uma garota, e escrevi o resto depois. Estive apaixonado por garotas durante toda a minha vida, mas simplesmente não entendia”, revelou à Rolling Stone.
Seu último álbum de estúdio, “Happier Than Ever”, foi lançado em 2021, dois anos após o sucesso de seu álbum de estreia, “When We All Fall Asleep, Where Do We Go?”. O disco de 2019 chegou a vencer a categoria principal do Grammy 2020, de Melhor Álbum do Ano.
*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini
