O Ministério das Relações Exteriores do Brasil confirmou nesta quinta-feira (9) que o brasileiro André Luis Hack Bahi, de 44 anos, que estava na guerra da Ucrânia, morreu no país europeu. A informação também foi confirmada pela irmã de André, Letícia Hack Bahi.
Em nota, o Itamaraty afirma que Hack morreu “em decorrência do conflito naquele país e mantém contato com familiares para prestar-lhes toda a assistência cabível, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local”.
De acordo com a família, a morte teria ocorrido no sábado (4), em meio a um combate. “Nós estamos aguardando porque alguém vai ter que ir lá reconhecer o corpo do meu irmão”, disse Letícia.
André fazia parte da Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia. De acordo com a irmã, ele morava no Ceará e se separou de sua esposa antes de ir para a Europa. O corpo de Hack deve ser cremado e, as cinzas, jogadas em Quixadá, onde vivia.
“Nós decidimos que, para Porto Alegre, a gente não vai querer que ele venha. Nós vamos deixar as cinzas dele lá, um lugar maravilhoso que ele se apaixonou”, comenta a irmã.
Soldado brasileiro que lutava como voluntário na Ucrânia morreu em combate, confirma irmã
Companheiros de André Hack Bahi já haviam publicado a notícia de sua morte nas redes sociais, mas a família ainda tinha esperanças de que ele estivesse vivo 😢 https://t.co/4zrZvDNGJL pic.twitter.com/0gjNhGoXsm
— Portal R7.com (@portalR7) June 8, 2022
Nota do Itamaraty
O Ministério das Relações Exteriores recebeu, por meio da Embaixada do Brasil em Kiev, confirmação do falecimento de nacional brasileiro em território ucraniano em decorrência do conflito naquele país e mantém contato com familiares para prestar-lhes toda a assistência cabível, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local.
Assim como tem feito desde o começo do conflito, o Itamaraty continua a desaconselhar enfaticamente deslocamentos de brasileiros à Ucrânia, enquanto não houver condições de segurança suficientes no país.
Ressalte-se que, em observância ao direito à privacidade e ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, mais informações poderão ser repassadas somente mediante autorização dos envolvidos ou de seus familiares diretos. Assim, o MRE não poderá fornecer dados específicos sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros.