
Lai Ching-te, candidato presidencial pelo partido governista de Taiwan, venceu neste sábado (13) uma eleição que a China definiu como uma escolha entre a guerra e a paz. O candidato do principal partido da oposição de Taiwan, o histórico Kuomintang (KMT), Hou Yu-ih, admitiu a derrota nas eleições.
O Partido Democrático Progressista de Lai, que defende a identidade separada de Taiwan e rejeita as reivindicações territoriais da China, procurava um terceiro mandato, algo sem precedentes no atual sistema eleitoral de Taiwan.
Lai enfrentava dois oponentes à presidência: Hou, do KMT, e o ex-prefeito da capital Taipei, Ko Wen-je, do pequeno Partido Popular de Taiwan, fundado no ano de 2019.
Em entrevista a repórteres na cidade de Tainan, no sul da ilha, antes de votar, Lai encorajou o eleitorado a votar nas eleições. “Cada voto é valorizado, pois esta é a democracia conquistada com dificuldade por Taiwan”, disse ele em breves comentários.
No período que antecedeu as eleições, a China denunciou repetidamente Lai como um separatista perigoso e rejeitou os seus repetidos apelos para negociações. Lai diz que está empenhado em preservar a paz através do Estreito de Taiwan e em reforçar as defesas da ilha.
A China continental, de regime comunista, considera Taiwan como uma “província rebelde”. A ilha tem 36,2 mil km² (área pouco menor que o estado do Rio de Janeiro) e uma população de 23,8 milhões, segundo o censo realizado em 2020. O PIB é de US$ 791,6 bilhões, de acordo com dados do FMI divulgados em outubro de 2023.
Joined by @bikhim, I discussed our policy frameworks with the international press today. Aligned with President Tsai’s initiatives, we remain committed to maintaining the status quo, ensuring peace & stability in the Indo-Pacific region, and fostering global prosperity. pic.twitter.com/oem5o2X03x
— 賴清德Lai Ching-te (@ChingteLai) January 9, 2024