Pelo menos 63 pessoas morreram em ataques israelenses na segunda-feira (21), o maior número de mortes registrado em um único dia desde 30 de setembro, segundo dados do Ministério da Saúde do Líbano, compilados pela CNN. Além dos mortos, 234 pessoas ficaram feridas, também o maior número desde 29 de setembro.
Israel continua realizando ofensivas no Líbano, alegando atacar bases do Hezbollah. O governo de Benjamin Netanyahu acusa o grupo libanês de utilizar estruturas civis para se infiltrar.
Israel intensifica ataques no Líbano em meio ao conflito
O lançamento de mísseis pelo Irã contra Israel, no dia 1º de outubro, ampliou a gravidade do conflito no Oriente Médio. De um lado, está Israel, com o apoio dos Estados Unidos. Do outro, o chamado Eixo da Resistência, que conta com o suporte militar e financeiro do Irã e é composto por diversos grupos paramilitares.
Atualmente, sete frentes de combate estão em andamento: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo da Síria e milícias do país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.
Israel mantém tropas ativas em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, o país realiza ataques aéreos.
No dia 30 de setembro, o Exército de Israel iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano, após ter matado Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, em um ataque ao quartel-general do grupo em Beirute.
Nas últimas semanas, as Forças de Defesa de Israel afirmam ter eliminado quase toda a cadeia de comando do Hezbollah com bombardeios precisos.
No dia 23 de setembro, o Líbano enfrentou seu dia mais violento desde a guerra de 2006, com mais de 500 mortos.
Entre as vítimas dos recentes conflitos estão dois adolescentes brasileiros. O Itamaraty condenou os ataques e pediu o fim imediato das hostilidades.
Diante da escalada da violência, o governo brasileiro anunciou uma operação para retirar cidadãos brasileiros do Líbano.
Na Cisjordânia, as forças israelenses seguem atuando para desmantelar grupos que se opõem à ocupação israelense do território palestino.
Na Faixa de Gaza, Israel tem como objetivo eliminar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro, que deixou mais de 1.200 mortos, conforme relatado pelo governo israelense. A operação de Israel já causou a morte de mais de 40 mil palestinos, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
O líder do Hamas, Yahya Sinwar, foi morto em 16 de outubro por forças israelenses em Rafah.
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