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Liberar todos os reféns e a recuada de Israel: saiba o plano ambicioso do Egito para a Faixa de Gaza

No documento, Israel teria que cessar suas operações militares no local e soltar prisioneiros palestinos, o Hamas liberaria todos os reféns sob seu poder, assim como o estabelecimento de um governo palestino na Faixa de Gaza

O Egito apresentou, nesta segunda-feira (25), um plano com medidas de resolução do conflito entre Israel e o Hamas, na Faixa de Gaza. A proposta foi exibida para Israel, Estados Unidos, Hamas e governos europeus.
Palestinos colam cartazes pedindo o fim da guerra, nesta véspera de natal – Créditos: Getty Images

O Egito apresentou, nesta segunda-feira (25), um plano com medidas de resolução do conflito entre Israel e o Hamas, na Faixa de Gaza. A proposta foi exibida para Israel, Estados Unidos, Hamas e governos europeus.

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No documento, Israel teria que cessar suas operações militares no local e soltar prisioneiros palestinos, o Hamas liberaria todos os reféns sob seu poder, assim como o estabelecimento de um governo palestino na Faixa de Gaza.

Fases

O projeto foi desenvolvido em parceria com o governo catari e contempla três fases.

A primeira fase sugere uma trégua de sete a dez dias, para que o grupo terrorista liberte todos os civis mantidos como reféns em troca de parte dos mais de oito mil prisioneiros palestinos em prisões de Israel.

Na segunda fase, o Hamas soltaria as mulheres militares israelenses capturadas para garantir a liberdade de mais prisioneiros palestinos, em mais sete dias de trégua.

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A última fase, além de libertar mais israelenses e palestinos capturados, prevê um mês de negociações entre as partes para o “recuo de Israel das fronteiras de Gaza” e a união do Hamas com a Autoridade Palestina para a criação de um governo em Gaza, assim como o planejamento de eleições.

Trégua ou cessar-fogo?

Como o plano é ousado, especialistas duvidam das suas chances de sucesso. O gabinete de guerra de Israel, que sofre enorme pressão para resgatar os reféns ainda em Gaza, parece não concordar com alguns termos. “Palestinos estão interessados em um completo cessar-fogo, enquanto que o que os israelenses discutem uma pausa”, explica o professor de resolução de conflitos Mohammed Cherkaoui à Al Jazeera.

Outro empecilho na tão esperada resolução deste conflito, que chega a quase três meses, são os planos do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Fontes apontam a improbabilidade do aceite por parte de Neatanyahu, visto que o político já declarou em diversas ocasiões que seu objetivo é a erradicação do Hamas.

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Do outro lado, a Reuters reportou que o Hamas e o Jihad Islâmico também tinham ressalvas sobre sua possível renúncia do poder em Gaza para a criação de um governo unificado. Entretanto, Izzat al-Risheq, membro da ala política do grupo, negou a notícia da agência.

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