O palácio presidencial da Bolívia foi alvo de uma tentativa de golpe na tarde desta quarta-feira (26) quando tanques do exército e militares invadiram o espaço. O presidente do país, Luis Arce, descreveu a movimentação na praça de La Paz como “mobilizações irregulares”. Similarmente, o ex-presidente Evo Morales, denunciou um “golpe de Estado”. Ambos acusam o ex-comandante do Exército, Juan José Zuñiga, de arquitetar a intervenção.
A mobilização gerou reações e condenações de diversos líderes mundiais. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por exemplo, manifestou apoio a Luis Arce enquanto conversava com jornalistas em Brasília. “A posição do Brasil é clara. Sou um amante da democracia e quero que ela prevaleça em toda a América Latina. Condenamos qualquer forma de golpe de Estado na Bolívia e reafirmamos nosso compromisso com o povo e a democracia no país irmão”, disse.
Similarmente, o presidente da Espanha, Pedro Sánchez, condenou os militares no país. “Enviamos ao Governo da Bolívia e ao seu povo o nosso apoio e solidariedade e apelamos a que respeitem a democracia e o Estado de direito”, escreveu nas redes sociais.
América Latina contra o golpe
No resto do continente sul-americano, as reações não foram diferentes. O presidente do Chile, Gabriel Boric, declarou seu apoio ao ‘governo legítimo’. “Condenamos veementemente a inaceitável ação de força por parte de um setor do exército do País. Não podemos tolerar qualquer violação da ordem constitucional legítima na Bolívia ou em qualquer outro lugar”, publicou nas redes sociais.
O Uruguai também se manifestou. O Ministério de Relações Exteriores condenou as “tentativas de desestabilização democrática e institucional”. Além disso, reforçou a necessidade do “respeito da ordem constitucional estabelecida no país”.
Além disso, a Venezuela também se opôs à mobilização golpista. Em pronunciamento oficial, o presidente Nicolás Maduro acusou o comandante Zuniga de querer “sequestrar o presidente Lucho, desconhecer sua autoridade legítima. Presidente Lucho, convoque o povo, só o povo salva a democracia”.
Por fim, a presidenta eleita no México, Claudia Sheinbaum, se manifestou. “Condenamos veementemente estes acontecimentos. Nosso apoio incondicional ao Presidente Luís Arce e ao seu povo”.