TENSÃO CAMBIAL

Mercado argentino mostra primeiros efeitos da vitória de Milei

O dólar blue, que havia fechado em 605 pesos na sexta-feira, antes das eleições, abriu o dia na casa dos 670 pesos, em alta de cerca de 10%

(Crédito: Telám/Perfil.com)

Um dia após a vitória de Javier Milei nas primárias da Argentina, o mercado  financeiro do país já apresentou os primeiros efeitos. O dólar blue, conhecido como câmbio paralelo da Argentina, que havia fechado em 605 pesos na sexta-feira, antes das eleições, abriu o dia na casa dos 670 pesos, em alta de cerca de 10%. Essa é uma nova mínima histórica do dólar paralelo, que havia chegado a 610 na quinta-feira passada.

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Milei como grande vencedor das primárias não foi um cenário esperado pelos economistas. E nem o mercado digeriu o que pode acontecer se ele chegar à Presidência.

Aumento da taxa de juros

O banco central da Argentina desvalorizou o peso em quase 18% e fixou a taxa de câmbio oficial em 350 pesos por dólar até a eleição geral de outubro, segundo a agência Reuters. A fonte disse ainda que o câmbio será fixado nessa taxa até a votação presidencial oficial. A autoridade monetária decidiu também elevar a taxa básica de juros em 21 pontos básicos, para 118% ao ano. O cenário já era de completa incerteza, mas a vitória de Milei nas prévias adicionou fervura à sucessão argentina.

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Contexto financeiro da Argentina

A Argentina tem um empréstimo em aberto de US$ 44 bilhões (R$ 210 bilhões) com o FMI e passou por vários episódios de dificuldade de arcar com os vencimentos. Neste ano, o país vem sofrendo a pior seca no país em quase um século, o que trouxe impactos negativos para o setor agropecuário, sua principal fonte de divisas.

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