ARGENTINA

Milei ameaça fazer consulta popular se Congresso não aprovar ‘decretaço’

O Decreto de Necessidade e Urgência (DNU), editado pelo Executivo em 20 de dezembro, enfrenta dificuldades entre senadores e deputados

de Necessidade e Urgência
O presidente da Argentina, Javier Milei, em entrevista ao canal de televisão LN+ – Crédito: Reprodução

O presidente da Argentina, Javier Milei, em nova tentativa de pressionar deputados e senadores, disse na noite desta terça-feira (26) que fará uma consulta popular se o Congresso não aprovar o Decreto de Necessidade e Urgência (DNU), editado por ele em 20 de dezembro.

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Milei afirmou também que os legisladores poderiam estar “à procura de propina” em referência à “lentidão” e aos questionamentos sobre o DNU. As declarações do presidente foram dadas em entrevista à televisão argentina LN+.

“Parte da lentidão dos legisladores se deve ao fato de também buscarem propinas. Alguns, eu digo. Mas o fato de gostarem de discutir é porque estão em busca de propina. Isso aponta justamente contra os corruptos. E uma das coisas que procuram é entrar nessa dinâmica para vender seus votos. Tem muitos criminosos por aí”, afirmou o presidente.

O mandatário também disse que fará uma consulta popular caso o Congresso rejeite deu “decretaço”, acrescentando que “se eles rejeitarem, eu convocaria um plebiscito e pediria que me explicassem por que estão contra o povo”.

A Constituição Argentina estabelece que caso um plebiscito convocado pelo Poder Executivo sobre o DNU seja aceito, o pacote não entra em vigor automaticamente, mas traria mais capital político para o presidente.

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Nesse sentido, continuou: “A Cristina [Kirchner] cansou de assinar o DNU, o [Mauricio] Macri também assinou, o Alberto [Fernández] também, todo mundo assina o DNU, agora eu não posso?”, se referindo a seus antecessores da Casa Rosada.

Em sessões extraordinárias previstas para os próximos dias, os parlamentares discutirão o DNU de Milei, que modifica ou revoga mais de 350 normas no país e tem o objetivo de desregular a economia argentina, além de um pacote de leis promovido pelo Executivo.

O governo Milei pressionou o Congresso nesta terça (26) para tentar aprovar logo o “decretaço”, proposto na semana passada. O partido de Milei, o Liberdade Avança, é minoria no Legislativo: tem 39 dos 257 deputados e 7 dos 72 senadores.

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